A ONU declarou esta sexta-feira, 22 de agosto, oficialmente a fome na cidade de Gaza, a primeira a atingir o Médio Oriente, depois de os especialistas terem alertado que 500.000 pessoas se encontravam numa situação catastrófica.
O IPC indicou que 514.000 pessoas estão a passar fome no enclave, um número que deverá aumentar para 641.000 até ao final de setembro, tendo como base informações recolhidas até 15 de agosto.A situação é mais grave na região norte - onde está localizada a cidade de Gaza -, uma vez que cerca de 280.000 pessoas estão numa situação de fome.
O Quadro Integrado de Classificação da Segurança Alimentar (IPC, sigla em inglês), um organismo da ONU com sede em Roma, confirmou que uma fome estava em curso em Gaza e que deverá estender-se a Deir el-Balah e Khan Yunis até ao final de setembro.
A declaração foi feita após meses de alertas sobre uma situação de fome no território palestiniano devastado por uma ofensiva de Israel desde outubro de 2023.
O IPC indicou que 514.000 pessoas estão a passar fome no enclave, um número que deverá aumentar para 641.000 até ao final de setembro, tendo como base informações recolhidas até 15 de agosto.
A situação é mais grave na região norte - onde está localizada a cidade de Gaza -, uma vez que cerca de 280.000 pessoas estão numa situação de fome.
Grupos humanitários têm denunciado que as restrições impostas por Israel à entrada de alimentos e outros tipos de ajuda em Gaza, bem como a ofensiva militar, estavam a causar altos níveis de fome entre os civis palestinianos, especialmente crianças.
A fome em Gaza “podia ter sido evitada” sem “a obstrução sistemática de Israel”, acusou em Genebra o responsável pela coordenação dos assuntos humanitários das Nações Unidas, Tom Fletcher.
“Esta fome vai e deve assombrar-nos a todos”, insistiu.
A declaração do IPC, que confirma pela primeira vez uma situação de fome no Médio Oriente, vai certamente aumentar a pressão internacional sobre Israel, referiu a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP).
Israel, que está envolvido numa guerra com o Hamas desde que sofreu um ataque em 7 de outubro de 2023, anunciou que planeia tomar a cidade de Gaza e outros bastiões do grupo extremista palestiniano.
A Semana com Diário de Notícias/Lusa
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