O limiar da frustração é uma realidade – a maioria das pessoas chegam facilmente ao limite das suas resistências nos enfrentamentos diários. Uma ocorrência no trânsito ou uma separação amorosa pode ser motivação suficiente para que muitas pessoas cometam os mais bárbaros crimes.

Por Uemerson Florêncio

A falta de perspectiva é tão grande que mal conseguem acreditar em si mesmas e nas organizações. Quantas vezes você ouviu pessoas próximas e estranhas dizerem que o país ou mundo não tem mais jeito? Quando elas não enxergam saída para os seus desafios, conflitos ou problemas, também fazem a mesma leitura com relação ao mundo em que vive!

É daí para pior! E você acha que muda alguma coisa? Aí só muda quando faltar areia na praia! Esse país não tem mais jeito! Esse país não vai mudar nunca! Essas e outras tantas frases representam a falta de expectativas no futuro, mas qual é a origem ou motivação para a existência desses pensamentos?

As memórias traumáticas são verdadeiros pilotos emocionais automáticos na vida de milhões de pessoas no mundo inteiro. A memória traumática nasce de um evento infeliz ou negativo que a pessoa viveu ou testemunhou. No entanto, vale sinalizar que as nossas primeiras memórias alegres e tristes, tem origem em nossas famílias.

Dessa forma, vemos o crescimento da falta de entendimento e elevação dos diversos tipos de distúrbios dentro e fora do ambiente familiar. Logo, a saúde emocional do ser humano está sendo posta às duras provas, são imersivos testes de conduta, caráter e resiliência.

Como você costuma reagir diante das negativas dos outros? E perante as situações de perdas ou prejuízos materiais, como você reage? Você reage com maturidade o suficiente para enfrentar negativas e perdas? Você, por exemplo, é melhor ouvir ou dizer um não?

É um cenário tão delicado que já alcançou o ambiente educacional. A maioria das escolas estão com inúmeras ocorrências de conflitos internos por conta de alunos que vieram das mais diversas realidades, nas quais a dor é uma rotina opressiva.

Como você interpreta os cenários de dificuldades enfrentados pelos professores nas escolas? Mas e você, como verdadeiramente tem atravessado os seus dias? Você vive entre altos e baixos ou mais para baixo do que para o alto? Se sente plenamente feliz? Como o seu corpo reage diante dos picos de estresse ou ansiedade? Vê que não é só os alunos nas escolas? Logo, eles levam para a escola o que vivem nas suas casas.

O limiar da frustração é uma realidade – a maioria das pessoas chegam facilmente ao limite das suas resistências nos enfrentamentos diários. Uma ocorrência no trânsito ou uma separação amorosa pode ser motivação suficiente para que muitas pessoas cometam os mais bárbaros crimes.

Vamos refletir juntos: O que hoje pode estar te levando ao limite da sua paciência? Você perde o controle das suas emoções com facilidade? Quais são as pessoas que te faz perder o controle? Sabia que elas te controlam emocionalmente por conta dessa dor que você sente? Se você se incomoda com as atitudes delas é porque você vive nesta prisão emocional de forma voluntária.

Nesse sentido, muitas atravessam os dias amarradas na desconfiança como modo de vida aliada a forte dúvida quanto ao futuro. E dizem: “Será que vou dar certo na vida?” Essas incertezas são repassadas para os filhos, familiares, amigos e demais membros na sociedade. Eles vivem com os olhos atravessados uns contra os outros.

Uma pausa para reflexão: Você vive esta realidade hoje? Como você gerencia as suas incertezas? O que você faz para resolvê-las? Você se sente feliz com as suas resoluções?

A falta de perspectiva é tão grande que mal conseguem acreditar em si mesmas e nas organizações. Quantas vezes você ouviu pessoas próximas e estranhas dizerem que o país ou mundo não tem mais jeito? Quando elas não enxergam saída para os seus desafios, conflitos ou problemas, também fazem a mesma leitura com relação ao mundo em que vive!

Vamos refletir quanto a condução da vida: A falta de esperança é fortalecida em função da própria falta de maturidade emocional ou capacidade gerir conflitos face às adversidades. Como você gerencia os seus conflitos? Você convive com pessoas tóxicas e abusivas? Já parou para analisar se você também não age de forma tóxica contra alguém?

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*  Escritor. Treinador, palestrante e correspondente internacional onde expõe sobre a análise da linguagem corporal, gestão da imagem, reputação e crises.