Na “PRATELEIRA”, após a publicação do artigo, em 08/01/25, falando do reforço de potência da central da Palmeira da ilha do Sal, com a sua construção em atraso por mais de sete anos, por ter iniciado em 2017, com a previsão de entrar em funcionamento em 2019, mas veio a dar início ao comissionamento no primeiro trimestre de 2020, altura do pico da pandemia da covid 19, que obrigou a paralisação dos trabalhos pela construtora.
Por Efrem Soares
Hoje, ouvimos falar da previsão da entrada em funcionamento desta nova central, querendo passar a ideia de um projeto novo de 30 milhões de euros, quando se trata de um projeto, perto de ficar obsoleto pelo tempo de espera para entrar em funcionamento cujo custo inicial era de 23 milhões de euro e não contam toda a verdade sobre o agravamento de uma central, que estão querendo alegadamente colocar em funcionamento sem a garantia e correção desejada, tendo em conta os danos causados pela corrosão do nosso clima, a degradação provocada pelo tempo inoperativo, com o envelhecimento de materiais de origem mineral e orgânico e ainda materiais eletrónicos etc que, por serem considerados “consumíveis” , o seu tempo de vida útil é claramente mais curto em relação ao ferro, ferro fundido, aço inox, bronze e cobre, para além de outras ligas mais resistentes.
Em princípio, os trabalhos deveriam reiniciar logo após a retoma da normalidade com a introdução das vacinas, o que não aconteceu e não ficamos a saber do porquê e por culpa de quem!
Só achamos que foi um ato, que pode indiciar “negligência” e falta de responsabilidade por parte das autoridades cabo-verdianas e da direção da empresa, ao não agilizar a entrada em funcionamento de uma central, em que a sua falta já se fazia sentir desde 2010, com o aumento da demanda na Ilha, que levou ao surgimento da central APP e de investimentos em grupos paliativos, como a central backup do parque fotovoltaico, o funcionamento do novo parque eólico e a instalação de grupos contentorizados móveis, porque já se fazia sentir a falta de uma central de raiz, para substituir a central caterpillar, master da ilha, que entrou em funcionamento em 2002 e já estava limitada.
Infelizmente, para além do projeto desta nova central passar muitos anos a ser decidido, na procura do financiamento, o indício de “negligenciamento grave” está a colocar em risco o abastecimento de energia e água à ilha, que fez nascer o epicentro da economia de cabo verde, #TURISMO#, de que os nossos governantes só tiram proveito, sem qualquer tipo de responsabilidade para com a população da ilha e com os investidores, que estão sofrendo na pele as consequências.
Hoje, ouvimos falar da previsão da entrada em funcionamento desta nova central, querendo passar a ideia de um projeto novo de 30 milhões de euros, quando se trata de um projeto, perto de ficar obsoleto pelo tempo de espera para entrar em funcionamento cujo custo inicial era de 23 milhões de euro e não contam toda a verdade sobre o agravamento de uma central, que estão querendo alegadamente colocar em funcionamento sem a garantia e correção desejada, tendo em conta os danos causados pela corrosão do nosso clima, a degradação provocada pelo tempo inoperativo, com o envelhecimento de materiais de origem mineral e orgânico e ainda materiais eletrónicos etc que, por serem considerados “consumíveis” , o seu tempo de vida útil é claramente mais curto em relação ao ferro, ferro fundido, aço inox, bronze e cobre, para além de outras ligas mais resistentes.
Esta situação se verifica com a agravante de não haver, supostamente, nenhuma garantia logo após a entrega da central após os testes, que, para além dos tempos de garantia dos equipamentos estarem vencidos, a construtora da central, também, ao que se parece, não garante o funcionamento da central, como é o habitual em investimento desta envergadura, através de um engenheiro de garantia por um ano, pelo que, caso houver problemas após a entrega, terão que solicitar a prestação de serviço externo.
Neste Projeto, ao que parece, não foram cumpridos os protocolos habituais, o pessoal não recebeu os grupos geradores no banco de ensaio, não foram formados pelas marcas dos equipamentos antes da central entrar em funcionamento e só vai ter formação paliativa ON JOB, no período do comissionamento em simultaneidade com as tarefas e responsabilidades diárias com a central velha em constante degradação.
Se levarmos em conta “a curva da banheira”, que, em engenharia, é um gráfico que pode comprovar a probabilidade de um equipamento falhar nas diferentes fases da sua vida útil, a maior dificuldade de uma central é enfrentada no início da sua exploração com a adaptação e, ainda, no envelhecimento dos equipamentos, pelo que o atual pessoal que não assistir do início os trabalhos desta central vai ter de batalhar muito para que possa sair dessa, com a tranquilidade possível e desejável.
Isto, no meu ponto de vista, é inadmissível, num país com mais de 50 anos de experiências, na produção de energia.
Fica aqui mais uma vez o meu alerta para a população salense de que faço parte também, tendo em conta que o governo e a empresa são “experts” na matéria e não estão nem aí pelos conselhos e alertas.
A liberdade de expressão já não existe, neste nosso cabo verde, mas estando na prateleira penso ter um pouco mais de liberdade para expressar o que me vem na alma a bem da Ilha do Sal e de Cabo Verde.
Cidadão atento, 51 anos na produção de energia e água em Cabo Verde.
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