A Polícia Judiciária (PJ) alertou esta quinta-feira para a circulação, em várias ilhas, de um esquema de burla designado “Burla pela Encomenda”, que já fez inúmeras vítimas e motivou diversas queixas junto das autoridades.
Em comunicado, a PJ explica que o esquema inicia-se com uma abordagem através das redes sociais, em que o burlador se apresenta como admirador ou interessado na vítima e, após alguns dias de conversa, afirma que pretende enviar uma encomenda.
Posteriormente, a vítima recebe chamadas de números estrangeiros, via WhatsApp ou através das operadoras nacionais, em que outros burladores alegam que a encomenda se encontra retida e exigem o pagamento de quantias para a sua liberação.
Em fases seguintes, surgem novos contactos, inclusive com números nacionais, solicitando mais dinheiro para supostos desbloqueios em alfândegas internacionais e, por fim, na alfândega cabo-verdiana.
“No final, a vítima acaba por pagar várias quantias consideráveis sem nunca receber qualquer encomenda, porque esta nunca existiu”, refere a PJ, confirmando já ter recebido diversas denúncias de cidadãos que perderam elevados valores monetários.
Neste sentido, a Polícia Judiciária recomenda maior vigilância nas interações feitas online, alertando que os burladores utilizam esquemas cada vez mais sofisticados para induzir as vítimas em erro.
Em caso de suspeita, a PJ apela à denúncia imediata através do número gratuito 134 ou do ‘site’ oficial da instituição onde é possível efectuar denúncias anónimas.
A Semana com Inforpress
“Cabo Verde: mestres em cair no golpe, doutorados em chamar invejosos a quem avisa
Olha, os caboverdianos têm uma habilidade quase artística para cair nesses esquemas das encomendas mágicas — mas quando alguém diz, ‘Eh, atenção, cuidado!’, logo saltam com o choradinho ‘É inveja, é isso — só atrapalha!’ É como se a gente tivesse pressão para aplaudir quem cai, porque criticar já é defeito nacional, né? Tipo, ‘vocês são mesmo uns génios do tropeço, mas se avisam, é porque estão com inveja do talento!’ ”Sei que parece brutal, mas às vezes é mais eficaz apontar o absurdo com um sorriso irónico — faz-nos rir, mas também nos faz abrir os olhos. Sem desculpas, sem melodrama, só a real.
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