O Centro Cultural de Cabo Verde – CCCV promove no sábado, 26, em Lisboa, Portugal, uma mesa redonda sob o tema, “Batuku – da proibição ao valioso contributo para o nascimento da Nação Cabo-verdiana”, e aproveita ainda para enriquecer o evento com uma exibição do documentário "Marina", de Ricardo Leote, sobre a vida de Marina Vaz, a batucadeira mais antiga de Cabo Verde.
Este evento está inserido nas comemorações dos 50 anos da Independência de Cabo Verde e, também, no Dia Nacional do Batuque e o Dia da Mulher Africana, celebrados anualmente a 31 de julho.
Com entrada livre, o evento terá lugar no Centro Cultural de Cabo Verde de Lisboa, das 16:30 às 18:30 horas, e conta com a participação da investigadora Crisálida Correia, do investigador e dinamizador cultural Moisés Varela e do realizador Ricardo Leote.
Conta ainda com a participação especial das batucadeiras Finka Pé e do projeto Falas Afrikanas.
De acordo com a nota do CCCV, remetida ao Asemanaonline, a mesa-redonda “Batuku – da proibição ao valioso contributo para o nascimento da Nação Cabo-verdiana” promove uma conversa em torno da importância que esta manifestação cultural, profundamente enraizada na sociedade cabo-verdiana, tem tido ao longo do tempo e o seu impacto na preservação da identidade cultural e tradicional de Cabo Verde.
“O batuque foi também um importante veículo de transmissão de sentimentos de revolta e liberdade, não só da mulher cabo-verdiana, mas igualmente dos núcleos familiares que se dedicavam a cultivar clandestinamente esta prática cultural que chegou a ser proibida durante a ditadura do Estado Novo em Portugal, preservando a herança tradicional para as gerações futuras”, lê-se na nota.
Já o documentário, conforme explica a mesma fonte, mostra a vida de Marina Vaz, possivelmente a batucadeira mais antiga de Cabo Verde, e leva-nos numa viagem de descoberta da sua vida através dos seus mais de 80 anos de memórias.
Segundo ainda o CCCV, Marina Vaz, “Vovó Marina”, é natural da Cidade Velha, Património da Humanidade e berço da Nação Cabo-verdiana, que mantém vivo o sentimento de pertença a uma cultura secular através das suas mais variadas manifestações culturais, nas quais o batuque tem ocupado lugar de destaque a nível nacional e internacional.
As batucadeiras Finka Pé, conforme diz a nossa fonte, é um dos mais antigos grupos de batuque da Diáspora e cujas fundadoras partiram da Cidade Velha para Portugal, onde há quase 40 anos criaram o grupo, que faz parte da Associação Cultural Moinho da Juventude, sediada no bairro da Cova da Moura, na Amadora.
O projeto Falas Afrikanas também estará presente com uma banca de livros sobre o batuque e autores africanos, que podem ser adquiridos pelos visitantes, informa.
Terms & Conditions
Report
My comments