sábado, 23 agosto 2025

S SOCIAL

Ucrânia: Lula acredita que se está perto de um acordo para o fim da guerra

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, mostrou-se hoje convicto de que se está “perto de um acordo” para o fim da guerra na Ucrânia, embora os chefes de Estado de ambos os contendores tenham dificuldade em reconhecê-lo.

“Os dois líderes [os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky] têm dificuldade em explicar aos seus povos os limites" da ação militar, indicou Lula durante uma conferência de imprensa com a qual encerrou a visita a França.

“Não se tem tudo o que se quer, mas o que é possível. E eles sabem o que é possível”, acrescentou.

Questionado expressamente se se referia a um hipotético acordo que implicaria que a Rússia mantivesse os territórios ucranianos que anexou, o que equivaleria a premiar o país invasor, Lula respondeu: “não cabe a mim" determinar os termos da paz.

No entanto, Lula pediu para se olhar para o conflito com realismo.

“Por exemplo Putin não quer sair [da Crimeia], enquanto Zelenski não quer admitir que há territórios que são irrecuperáveis”, explicou.

Lula insistiu que o Brasil está “à disposição” de ambos os países, para, juntamente com outros Estados do sul global, “procurar um acordo”.

E, nesse sentido, ressaltou ter chegado a hora para que a ONU “volte a ser protagonista na procura e na conquista da paz”.

O presidente brasileiro justificou o convite ao Presidente russo para participar na cimeira do grupo BRICS, nos dias 06 e 07 de julho, no Rio de Janeiro, do qual a Rússia é membro fundador: “Ele próprio [Putin] foi um dos fundadores do BRIC, juntamente com o Brasil”, sublinhou Lula, aludindo ao grupo original, com também a Índia e China, formalizado em 2006.

Em 2011, o BRIC expandiu-se com a inclusão da África do Sul passando a ser BRICS. Desde então, o grupo tem aumentado o número de adesões, com a inclusão do Irão, Egito, Emirados Árabes Unidos e Etiópia em 2024, e Indonésia em 2025.

Lula assegurou que compreende que os países europeus vejam a guerra na Ucrânia de forma diferente da sua, uma vez que “há um oceano que nos separa”, mas lembrou que emitiu uma “crítica contundente” à invasão russa.

“E continuo a fazer essa crítica”, frisou.

Depois de deixar Paris, onde realizou uma visita de Estado desde quinta-feira, Lula viaja para o Mónaco para o Fórum sobre a Economia Marítima, antes de seguir, no domingo, para a vizinha cidade francesa de Nice para a Cimeira sobre os Oceanos, organizada pela ONU e que começa na segunda-feira.

 

A Semana com Lusa

2500 Characters left


Colunistas

Opiniões e Feedback

Terra
23 hours 21 minutes

Ate 130 000 escudos para Cabo Verde edemas com toda tereno do estado que ele tem no seu poder ainda quer mais cara do pau, ...

ahahahag
1 day 14 hours

Olha, os caboverdianos têm uma habilidade quase artística para cair nesses esquemas das encomendas mágicas — mas quando ...

Nais
2 days 7 hours

Basta desocupar ou ocupar os espaços com processos armazenados há mais de 10 anos. O povo está farto e re ...

Pub-reportagem

publireport

Rua Vila do Maio, Palmarejo Praia
Email: asemana.cv@gmail.com
asemanacv.comercial@gmail.com
Telefones: +238 3533944 / 9727634/ 993 28 23
Contacte - nos