Os cabo-verdianos em Lisboa estão assustados, mas serenos por causa do sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter com epicentro a 58 quilómetros a oeste de Sines, Portugal, esta madrugada, seguindo as recomendações das autoridades.

“Nesta madrugada, a cama mexeu do lugar e eu acordei-me assustado e dei conta logo que era um sismo. Tive medo, deu-me vontade de sair para correr, mas depois lembrei-me que não tinha para onde ir e que o melhor é ficar em casa”, contou.

O sismo foi registado às 05:11 e teve epicentro a 58 quilómetros a oeste de Sines, no distrito de Setúbal e o abalo foi sentido em todo o país, com maior impacto em Lisboa e Setúbal.

A Inforpress conseguiu falar com alguns cabo-verdianos para saber como viveram o momento e António “Tony” Tavares disse que “há alguns anos teve também um sismo, mas foram só uns dois segundos”, acrescentando que desta vez demorou mais.

“Nesta madrugada, a cama mexeu do lugar e eu acordei-me assustado e dei conta logo que era um sismo. Tive medo, deu-me vontade de sair para correr, mas depois lembrei-me que não tinha para onde ir e que o melhor é ficar em casa”, contou.

O mesmo sentimento tem Olívia de Pina, que afirmou que “a casa abanou”. Ela que já estava acordada, porque tinha que sair para apanhar o transporte às 05:30, para trabalhar, ou seja, o sismo aconteceu cerca de 15 minutos antes de sair de casa.

“Não sabia se saía para trabalhar, ou ficava em casa. Acabei por sair, mas sempre atenta ao telemóvel para ver se recebia alguma informação, o que acabou por acontecer e tenho seguido essas informações e recomendações que as autoridades têm dado”, declarou à Inforpress.

O sismo que assustou milhares de pessoas, também amedrontou Albertina Semedo que disse que “Lisboa acordou hoje com o sismo”, explicando que contou que acordou com o abano, pensado que era um sonho.

Segundo ela, quando percebeu o que tinha passado, recebendo alerta pelo telemóvel, deu “graças a Deus pelo epicentro ter sido no mar, porque se tivesse disso em terra, com essa magnitude, os estragos seriam grandes”.

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), até ao momento não há registo de danos pessoais ou materiais, tendo a Protecção Civil informado que já houve três réplicas do sismo, de magnitudes 1,2, 1,1 e 0,9 na escala de Richter, sentidas entre as 05:47 e as 6:40.

A Semana com Inforpress