sábado, 21 junho 2025

Fundação alerta para elevado consumo de álcool em Cabo Verde

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O presidente da Fundação Menos Álcool Mais Vida alertou para o elevado consumo de bebidas alcoólicas em Cabo Verde, sobretudo no período das férias, e pediu uma maior fiscalização no comércio, principalmente na venda a crianças.

 

O alcoolismo é um grave problema social e de saúde pública em Cabo Verde.Um diagnóstico apresentado em setembro de 2019 apontou que o consumo de álcool e drogas estão entre os principais problemas de saúde dos adolescentes cabo-verdianos.

 

Em entrevista à Lusa, Manuel Faustino referiu que tem "havido algum aumento do consumo de álcool" no país, onde o alcoolismo é um grave problema social e de saúde pública.

"Nós não temos dados objetivos que nos permitam afirmar em que medida isso está acontecendo [aumento do consumo do álcool]", afirmou o responsável, avançando que a Fundação pretende realizar um estudo para atualizar os dados publicados em outubro de 2021.  

Na altura, o estudo concluiu que 17% da população cabo-verdiana parou ou reduziu o consumo de bebidas alcoólicas devido à pandemia da covid-19.

Manuel Faustino disse recear um agravamento, invertendo a tendência anterior de redução ou paragem do consumo de bebidas alcoólicas no país, e apontou que no período das férias, festas e festivais, "há uma tendência maior para o aumento do consumo abusivo do álcool".

O presidente da fundação disse que é preciso uma "maior educação e informação" sobre o consumo do álcool para além do que é passado nas escolas, "envolvendo famílias, comunidades e uma fiscalização mais intensa" para conseguir a redução.  

Lembrou que a lei proíbe a venda de bebidas alcoólicas a menores em Cabo Verde, mas que "muitas vezes" são as crianças que vão comprar porque uma mãe, um pai ou algum familiar lhe mandou.

"Enquanto não houver uma consciência que é muito ruim para a criança ir comprar bebidas alcoólicas, temos de esperar que a fiscalização não permita que o vendedor venda a menores", pediu.

Além disso, defendeu que é preciso proteger as pessoas vulneráveis como crianças e jovens e aqueles que não têm propensão para beber.

"A lei protege a saúde e a própria vida se for cumprida. Em alguns lugares às vezes há instituições que não compreendem o seu papel, promovem atividades que estimulam o incumprimento da lei e mesmo o consumo abusivo de álcool", referiu.

O responsável avançou, na entrevista dada à lusa esta semana, que a Fundação, juntamente com colaboradores, pretende idealizar um programa específico para alertar as pessoas a terem mais cuidado sobre o consumo do álcool.

Também o objetivo é criar um programa de formação online e presencial para ativistas, membros de várias instituições cabo-verdianas.

Entretanto, Manuel Faustino lamentou o facto de a Fundação ainda não ter uma estrutura que lhe permita por tudo isto a funcionar.

"Para fazer tudo isso, manter os contactos, elaborar os programas, dialogar com várias instituições, atender a várias solicitações, naturalmente precisamos de uma estrutura", alertou.

A Fundação Menos Álcool Mais Vida foi constituída em setembro de 2022 para dar continuidade à campanha com o mesmo nome, iniciada em 2018, pelo ex-Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, e quando Manuel Faustino era o chefe da Casa Civil.

A Lei do Álcool entrou em vigor em Cabo Verde em 05 de outubro de 2019, e proíbe qualquer forma de publicidade de bebidas alcoólicas, a venda a menores de 18 anos e na via pública, venda ambulante ou em quiosques.

O alcoolismo é um grave problema social e de saúde pública em Cabo Verde.

Um diagnóstico apresentado em setembro de 2019 apontou que o consumo de álcool e drogas estão entre os principais problemas de saúde dos adolescentes cabo-verdianos.

A Semana com Lusa

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