A formalização do reconhecimento da Palestina pela França, anunciada na quinta-feira, provocou reações imediatas de Israel e dos Estados Unidos, mas foi saudada por vários líderes europeus e árabes.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, criticou o anúncio de França, qualificando-o de traição por parte de um aliado próximo e avisando que iria "recompensar o terror"."Um Estado palestiniano nestas condições seria uma rampa de lançamento para aniquilar Israel - não para viver em paz ao seu lado", afirmou Netanyahu no X.
O presiente francês, Emmanuel Macron, provocou reações dos Estados Unidos (EUA) e de Israel depois de ter anunciado, na noite de quinta-feira, que França vai reconhecer formalmente o Estado da Palestina.
O Secretário de Estado norte-americano Marco Rubio, que condenou veementemente a decisão, foi um dos críticos mais veementes da ação de Macron.
"Os Estados Unidos rejeitam veementemente o plano (de Macron) de reconhecer um Estado palestiniano na Assembleia Geral da ONU", afirmou Rubio numa publicação no X.
"Esta decisão imprudente só serve a propaganda do Hamas e faz recuar a paz. É uma bofetada na cara das vítimas do 7 de outubro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, criticou o anúncio de França, qualificando-o de traição por parte de um aliado próximo e avisando que iria "recompensar o terror".
"Um Estado palestiniano nestas condições seria uma rampa de lançamento para aniquilar Israel - não para viver em paz ao seu lado", afirmou Netanyahu no X.
"Sejamos claros: os palestinianos não procuram um Estado ao lado de Israel; procuram um Estado em vez de Israel".
O ministro israelita da Defesa, Israel Katz, fez eco da indignação de Netanyahu, classificando a medida como "uma vergonha e uma rendição ao terrorismo", e insistiu que Israel iria bloquear a criação de uma entidade palestiniana que, no seu entendimento, prejudicaria a segurança dos israelitas e colocaria em perigo a existência do país.
Macron partilhou a notícia nas redes sociais na quinta-feira, juntamente com uma carta dirigida ao presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, confirmando as intenções de França e comprometendo-se a encorajar outros parceiros internacionais a fazerem o mesmo.
"Em consonância com o seu compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Médio Oriente, decidi que França reconhecerá o Estado da Palestina", afirmou Macron.
"Farei este anúncio solene na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro próximo".
'A solução de dois Estados é a única solução'
Por outro lado, a medida recebeu elogios de vários líderes europeus e árabes.
O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, cujo governo já reconheceu um Estado palestiniano e critica abertamente Israel, saudou o anúncio de Macron.
"Juntos, temos de proteger o que Netanyahu está a tentar destruir. A solução de dois Estados é a única solução", afirmou Sánchez.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Jordânia aplaudiu a decisão de França, considerando-a um impulso significativo para alcançar a paz.
"Este é um passo na direção certa para a concretização da solução de dois Estados e o fim da ocupação", disse o porta-voz do ministério, Sufian Qudah.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita considerou o anúncio de Macron uma "decisão histórica".
"O Reino reitera o seu apelo a todos os países que ainda não reconheceram o Estado da Palestina para que tomem medidas positivas semelhantes e adotem posições sérias que apoiem a paz e os direitos legítimos do povo palestiniano".
Hussein al-Sheikh, alto funcionário da Autoridade Palestiniana, saudou a declaração de Macron, ao apontá-la como uma reafirmação dos direitos dos palestinianos.
"Reflete o compromisso de França com o direito internacional e o seu apoio aos direitos do povo palestiniano à autodeterminação e ao estabelecimento do nosso Estado independente", concluiu.
A Semana com Euronews
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