O PAICV (Oposição) denunciou hoje, em declração política sobre o sistema nacional de saúde feita no parlamento, que a situação da saúde em Cabo Verde é grave e o governo do MpD mostra- se, passados 9 anos no poder, incapaz de garantir às mulheres e aos homens desta terra o direito básico, que é o direito à SAÚDE. Alertou pelo caos que se vive no setor, com falta de reagentes e medicamentos essencias, além da longa lista de espera nos hopistais centrais e regionais do país.
Disse que estas roturas constantes de medicamento nas farmácias de Cabo Verde deve-se sobretudo à falta de liquidez da EMPROFAC, ou seja a EMPROFAC não tem dinheiro neste momento para comprar medicamentos e consumíveis, pois, o Governo, como o principal devedor, não paga a dívida de 1, 2 milhões de contos e a EMPROFAC não consegue pagar a dívida aos fornecedores internacionais em mais de 900 mil contos.
Conforme justificou a deputada Adélsia Almeida , de acordo com os dados da afrosondagem, a situação do sistema de saúde é grave e 80% dos cabo-verdianos estão preocupados com a possibilidade de não terem acesso a cuidados médicos para eles e os seus familiares. DestacouaAinda que 37% garantem que não terem cobertura médica e mais de 67%, ou seja 2 em cada 3 cabo-verdianos avaliam negativamente o desempenho do governo na área da saúde.
Almeida referiu que o que o Governo de Ulisses Correia faz é essencialmente propaganda.Apontou que declarou 2024 Ano de Saúde Mental, no entanto, deixa o Hospital da Trindade com obras paradas há mais de 3 anos, com os serviços a funcionar numa lavandaria; diminui o número de especialistas; não cria respostas a nível dos centros de saude. Acrescentou que não contrata equipas pluridisciplinares nos serviços, ou seja, o Ano da Saúde Mental é apenas para o inglês ver e nada para as pessoas.
Questionamentos sobre as promessas
Dainte de tudo isto, a deputada fez uma série de questionamentos, com destaque para as promesass nao cumpridas:
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- Os cabo-verdianos querem saber a quantas andam o cumprimento das promessas
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deste governo com a saúde, nomeadamente; para quando construção do hospital NAcional na Praia?
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- Quando teremos a nova Delegacia de Saúde da Praia?
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- Para quando o Centro de Saúde da Brava que recebeu o financiamento de Luxemburgo, cuja construção ficou bloqueada porque a antiga ministra desentendeu-se com o Arquiteto?
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- O que está acontecer com as obras do Hospital da Trindade, financiado pelo fundo Kueite? O centro ambulatório de São Vicente cuja derrapagem já ultrapassa os 100 mil contos?
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- Para quando a instalação do Sistema de Informação Sanitária?
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- Para quando a criação de novas regiões sanitárias?
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-Para quando a construção do Instituto Oncológico de Cabo Verde?
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-Para quando a criação do Instituto de Emergência Pré-Hospitalar?
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-Para quando a institucionalização do médico e enfermeiro de Família ?
Ressaltou ainda que depois de ter o centro materno Infantil em Boa Vista, pronto e fechado a mais de 1 ano, apenas por birrra deste Governo, vem agora o Ministro descobrir que esse equipamento afinal serve sim à comunidade da ilha, e há uma necessidade urgente de o pôr em funcionamento.
Disse que importa recordar ao ministro que o PAICV e os boavistensses têm vindo a anos consecutivos a colocar estas mesmas questões e o Governo de UCS tem feito orelhas moucas nesta e noutras áreas.
“Perante esta trapalhada, perguntamos se este governo tem efetivamente uma verdadeiramente política pública para o sector da saúde?”, questionou.
Longa lista de espera com profissionais descontentes com o PCFR
A mesma afirmou que, quem tem política pública para a saúde não passa 9 anos com um sector em total caos, colocando os profissionais de Saúde em stress constante , com a implementação de um PCFR, que os profissionais desconhecem, com défice de RH constantes. Criticou que vários profissionais estão sujeitos a sobrecarga de trabalho sendo que muitos não gozam do tempo de descanso semanal previsto na lei.
Exigiu à ministra dos Assuntos Parlamentares que diga aos cabo-verdianos qual é o problema na Gestão de RH do Ministério da saúde? Se precisamos de mais médicos e mais enfermeiros porque contratá-los de forma temporária porque não há um emprego digno e bem remunerado ? Como está o processo de contratação dos enfermeiros, cujo concurso foi realizado há mais de 2 anos e que ninguém sabe do resultado?
Disse que vale ressaltar que este Governo diminuiu o número de médicos especialistas nas estruturas de saúde de todo o país, deixou os centros de saúde e delegacias falidos, pois, não paga o valor referente à aplicação da Isenção das taxas moderadoras dos beneficiários do CSU.
Salientou que este é um Governo que afirma trabalhar para as pessoas, contudo, nada faz para diminuir as longas listas de espera nas consultas de especialidades, em áreas como, da Ortopedia, onde o tempo de espera é de 1 ano e 6 meses e nada faz para diminuir as listas de espera para exames complementares como a ecografias.
Descapitalização da Emprfac e falta de reagentes e medicamentos
Na sua declraçao pulitica, Adélsia Almeida disse que o governo nada faz para reverter a situação de falta de reagentes para realização de muitas análises básicas, como o hemogramas, fazendo com que muitos utentes tenham que recorrer ao sector privado, arcando com os custos elevados dos exames, que ronda entre os 16 e 27 mil escudos.
Sublinhou ainda que o executivo nada faz para reverter a situação de longas listas de espera de cirurgias programadas e deixa que quem tem dinheiro paga e faz as suas cirurgias em clínicas privadas ou mesmo em serviço particular no hospital como acontece no HUAN e quem não tem fica à espera infinitamente.
Apontou que quem trabalha para as pessoas não pode permitir que haja rotura constante de medicamentos básicos, para controlo de diabetes, epilepsia, asma, da hipertensão, amoxilina, falta de gaze e ligadura para realização de curativo, injetáveis para vómitos roturas vacinas, como aconteceu recentemente com a vacina do tétano.
Disse que estas roturas constantes de medicamento nas farmácias de Cabo Verde deve-se sobretudo à falta de liquidez da EMPROFAC, ou seja a EMPROFAC não tem dinheiro neste momento para comprar medicamentos e consumíveis, pois, o Governo, como o principal devedor, não paga a dívida de 1, 2 milhões de contos e a EMPROFAC não consegue pagar a dívida aos fornecedores internacionais em mais de 900 mil contos.
Ou seja,explicou a mesma fonte, a EMPROFAC está neste momento sem capacidade financeira para aquisição de medicamentos e consumíveis para garantir o normal fornecimento das farmácias cabo-verdianos.
Adélsia Almeida fez questao de realçar que este Governo, que diz trabalhar para as pessoas, mais aumenta o preço dos mesmos em mais de 40%, não atualiza a lista nacional de medicamentos engavetada desde 2017, não melhora as respostas na prevenção, no tratamento e na reabilitação de doenças cardiovasculares. “Portanto é falso dizer que este governo trabalha para as pessoas”, indagou a parlamento do maior partido da oposição.
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