segunda-feira, 16 junho 2025

Cardeais iniciam votação de sucessor de Francisco preocupados com unidade da Igreja

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O cardeal Giovanni Battista Re assinala hoje o início do Conclave eleitoral para escolher o sucessor do Papa Francisco, falecido a 21 de abril, com a última missa pública dos cardeais antes de se reunirem à porta fechada.

 

Os serviços do Vaticano já indicaram que hoje só será feita uma votação, perto das 19:00 locais. Para conseguir uma vitória, um dos cardeais terá de obter 89 dos 133 votos do colégio eleitoral e serão feitas, a partir de quinta-feira, quatro votações diárias, duas durante a manhã e duas durante a tarde.

 

A missa ‘Pro Eligendo Romano’ tem lugar na Basílica de São Pedro às 10:00 locais (07:00 em Cabo Verde) e será presidida pelo decano do Colégio de Cardeais, que já havia celebrado a missa exequial do Papa Francisco, no dia 26 de Abril.

Durante a tarde, os 133 cardeais eleitores vão recolher à Casa Apostólica de Santa Marta, no interior do Vaticano, e às 16:30, em procissão reúnem-se na Capela Sistina, para o início fechado do Conclave, fazendo a primeira votação.

A Capela Sistina já está preparada para a votação, a chaminé já foi colocada, os funcionários e assessores já fizeram juramento de segredo, seguindo-se hoje a mesma cerimónia para os 133 cardeais eleitores.

A ordem de votação dos cardeais também já está definida, de acordo com a precedência de cada um na hierarquia formal do Vaticano, ficando, no caso dos portugueses, o patriarca emérito de Lisboa Manuel Clemente com o número 38, seguindo-se António Marto (59.º), Américo Aguiar (97.º) e Tolentino de Mendonça (118.º).

A numeração tem como número um Pietro Parolin, o secretário de Estado do Vaticano que é também o favorito na bolsa de apostas, seguido por Fernando Filoni e depois por Luis Tagle, este último também um dos ‘papabili’.

Os serviços do Vaticano já indicaram que hoje só será feita uma votação, perto das 19:00 locais.

Para conseguir uma vitória, um dos cardeais terá de obter 89 dos 133 votos do colégio eleitoral e serão feitas, a partir de quinta-feira, quatro votações diárias, duas durante a manhã e duas durante a tarde.

No final de cada conjunto de votações, os boletins serão queimados e serão adicionados químicos para garantir que o fumo seja negro, no caso de uma votação não conclusiva, ou branco, no caso de uma votação que eleja o 267.º líder da Igreja Católica e sucessor de São Pedro.

O futuro da Igreja é debatido entre progressistas e tradicionalistas, com cada grupo a pedir um Papa que responda às suas preocupações.

A discussão sobre mudanças estruturais na relação da Igreja com o mundo iniciada por Francisco aponta que exista uma maioria de cardeais menos conservadores, mas há muitos analistas que apontam ao jesuíta argentino a falta de alterações concretas na prática da Igreja.

Os mais conservadores acusam Francisco de ter aberto a Igreja em demasia ao diálogo, colocando em causa os alicerces da instituição.

Na sua homilia durante a missa exequial, Giovanni Battista Re (91 anos), da velha guarda dos cardeais, sublinhou o trabalho do antigo Papa na abertura da Igreja aos mais pobres e excluídos, em particular os imigrantes.

"Com o vocabulário que lhe era característico e com a sua linguagem rica de imagens e metáforas, procurou sempre iluminar os problemas do nosso tempo com a sabedoria do Evangelho, oferecendo uma resposta à luz da fé e encorajando-nos a viver como cristãos os desafios e as contradições destes anos cheios de mudanças, que ele gostava de descrever como uma 'mudança de época'", disse o cardeal Re, perante uma Praça de São Pedro cheia de fiéis anónimos e membros de mais de centena e meia de delegações oficiais.

Em mais do que um momento do seu discurso, o cardeal ouviu aplausos, particularmente quando referenciava a abertura de Francisco.

Ao longo do pontificado, o jesuíta argentino tentou promover a discussão interna, a partir das bases, sobre que mudanças executar na Igreja.

Temas polémicos como padres casados, o acesso das mulheres ao diaconado permanente, o regresso dos divorciados, o tratamento a dar aos 'gays' e a relação da Igreja com outras religiões são parte dessa discussão interna, que partiu de movimentos de leigos, denominada Processo Sinodal.

A acompanhar o Conclave vai estar o mundo mediático, com 2.500 jornalistas acreditados para estes dias no Vaticano, como é evidente nos vários diretos televisivos na zona em redor da Praça de São Pedro.

O número de jornalistas é tal que o Vaticano organizou uma segunda sala de imprensa para colocar os profissionais acreditados.

Depois da eleição e do fumo branco, o novo Papa irá escolher o seu nome e irá ser apresentado aos fiéis presentes na Praça de São Pedro.

Nessa ocasião, o Conclave termina e os cardeais deixam a Casa de Santa Marta.

Só dias depois, como é tradição na Igreja Católica, é que o novo Papa irá presidir à sua missa de início de Pontificado.

 

A Semana com Lusa

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