O PAICV, aarves da deputada Carla Carvalho, afirmou, hoje, durante o debate parlamentar como o Primeiro-ministro, que o sistema de ensino tem sido vítima de atropelos e muita falácia, com saldos altamente negativos na promoção da qualidade.
O Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR ) foi aprovado sem um diálogo franco com os professores e após sucessivas manifestações e greves.O PAICV considera que o PCFR deveria valorizar ainda mais os professores, contribuindo para melhor estabilidade na carreira, na formação contínua, em condições de trabalho adequadas e no respeito institucional. Mas não, faz o contrário, viola direitos já adquiridos e compromete a evolução na carreira.
No dia em que se comemora o dia dos Professores, a deputada Carla Carvalho explicou quando não são os manuais escolares que chegam às salas de aulas com atraso, é o sistema de avaliação que muda sem nenhuma explicação técnica e pedagógica, ou os professores e os pais a financiarem o sistema, adquirindo materiais e equipamentos apesar de toda a falácia da gratuitidade do ensino.
Destacou ainda a elaboração de novos programas curriculares sem auscultar a comunidade educativa e a ausência de uma estratégia para a implementação de uma política nacional para a docência que permita a formação contínua adequada e a integração da carreira do pessoal docente de todos os subsistemas de ensino.
A deputada enfatizou que Cabo Verde precisa de um novo modelo educativo que integre novas abordagens e metodologias de ensino e aprendizagem e coloque a qualidade e a relevância da educação no centro do programa governativo.
“As políticas educativas que este governao, dirigido Ulisses Correia e Silva, disse ter implementado e estão a responder às exigências da era digital e do conhecimento sem fronteiras? Coloca a qualidade e a relevância da educação no centro do programa governativo? Transformou Cabo Verde num país sustentável?” , questionou.
Conforme disse, depois de nove anos de governação e a um ano das próximas eleições, o país espera resultados e não novos anúncios, espera impactos e não um refogado de promessas.
Lembrou ao Primeiro Ministro que um dos compromissos do seu governo é OFERECER UMA EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE EXCELÊNCIA ancorado no discurso de que ambiciona nivelar os níveis de ensino de Cabo Verde aos padrões de qualidade da OCDE.
“Onde estão esses resultados? O sistema de educação padece de males profundos já identificados pelos agentes do setor, mas qual é o impacto das estratégias e políticas implementadas pelo seu governo na reconfiguração estrutural do setor, na qualidade do ensino/formação e na inclusão?”, questionou novamente.
Carla Carvalho salientou que o reforço e a modernização do ensino pré-escolar prometidos continua por cumprir, pois, neste subsistema do ensino, a taxa de participação diminuiu.
Acrescentou que a implementação dos agrupamentos escolares, sem estudos e avaliações consistentes, não só está deixando nossas crianças e estudantes para trás, como tem contribuído para a degradação da qualidade do ensino e aumento da taxa de reprovação e abandono escolar.
Para a deputada, «este modelo de gestão escolar está colocando em risco as nossas crianças», em visível contradição com as indicações internacionais para a educação; está a colocar os professores em stress emocional e financeiro e sobrecarga de tempo pois deslocam-se a várias escolas e sem a devida compensação; os pais e encarregados de educação também têm estado sob pressão e stress emocional, pois as crianças saem cedo de casa, passam o dia longe de casa e chegam tarde para o aconchego da família.
Carvalho disse que a comunidade educativa aguarda a inclusão e a integração digital prometida, e continua a aguardar também por melhorias no acesso à água e à casa de banho nas escolas. Revelou também que a taxa de abandono escolar e reprovação no seio dos rapazes são elevadas e a tendência é para aumentar.
Reforçou que apesar de toda a propaganda da promoção da igualdade de género ainda não há nenhuma luz sobre a resolução do problema do abandono escolar dos rapazes que comprometerá o futuro do país.
O Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR ) foi aprovado sem um diálogo franco com os professores e após sucessivas manifestações e greves.O PAICV considera que o PCFR deveria valorizar ainda mais os professores, contribuindo para melhor estabilidade na carreira, na formação contínua, em condições de trabalho adequadas e no respeito institucional. Mas não, faz o contrário, viola direitos já adquiridos e compromete a evolução na carreira.
Segundo a mesma , este governo não tem uma visão clara para o ensino superior, vê este subsistema de ensino como um apêndice, o que compromete o desenvolvimento do setor.
Carla Carvalho afirmou que o Governo continua engavetando o compromisso da Fundação para a Ciência e Tecnologia para promover a investigação científica.E que sem uma política para o fomento da ciência e investigação científica não poderemos falar de qualidade da educação, nem conseguiremos alavancar as potencialidades do país e não alcançaremos o desenvolvimento sustentável e inclusivo.
Disse ainda que a situação financeira das instituições de ensino superior é dramática.
Por isso, que é preciso rever e investir no sistema de financiamento ao Ensino Superior para que de facto estas instituições cumpram o seu papel de produtor de conhecimento e contribuam para o desenvolvimento do país.
“Caros Professores e Pais e encarregados de Educação, As políticas educativas que este governado, dirigido Ulisses Correia e Silva, afirma ter implementado está a responder às exigências da era digital e do conhecimento sem fronteiras? Coloca a qualidade e a relevância da educação no centro do programa governativo? Transformou Cabo Verde num país sustentável?”, questionou
O partido entendeu que Cabo Verde precisa de um novo modelo educativo para construir uma sociedade mais próspera e inclusiva, ganhar a batalha contra a pobreza, alavancar as potencialidades do país e alcançar o desenvolvimento sustentável para um «Cabo Verde De Todos, Com Todos e Para Todos».
O Grupo Parlamentar do PAICV parabenizou, no entanto, os professores cabo-verdianos pela dedicação à causa da educação e por serem a pedra angular de todo o sistema educativo do país.
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