O governo cabo-verdiano criou as primeiras zonas de desenvolvimento turístico integral (ZDTI) nas ilhas de Santo Antão e São Nicolau, com o objetivo de desenvolver o turismo de natureza e aventura, segundo diploma legal que entra hoje em vigor.
Cabo Verde bateu o recorde de 1,2 milhões de hóspedes em 2024, disse na segunda-feira, à Lusa, o presidente do Instituto de Turismo do arquipélago, Jair Fernandes.
“O presente diploma procede à criação e delimitação das ZDTI no município de Porto Novo, ilha de Santo Antão, e nos municípios de Tarrafal e Ribeira Brava, na ilha de São Nicolau”, lê-se no documento publicado em Boletim Oficial.
Aquele tipo de classificação foi criada há 30 anos, pretende salvaguardar a biodiversidade e, ao mesmo tempo, dar incentivos ao investimento, mas estava limitada às ilhas de Santiago, São Vicente, Sal, Boa Vista e Maio.
“Considerando o turismo como um dos principais pilares de desenvolvimento económico do País”, o governo justifica a extensão a outras ilhas para apoiar a “diversificação e desconcentração da oferta turística”.
“A ilha de Santo Antão é a segunda maior ilha de Cabo Verde e uma das mais impressionantes em termos de natureza, por conta do seu relevo acidentado onde se formam altas montanhas bastante procuradas para ‘trekking’”, designação inglesa para caminhadas em trilhos.
Segundo o governo, de 2016 a 2019, Santo Antão foi a ilha “que mais cresceu proporcionalmente em termos de procura turística e oferta, em grande parte devido a este nicho de mercado específico”.
A ilha de São Nicolau “encontra-se numa posição quase central em relação às restantes e possui características singulares em termos de cultura, história e natureza”, lê-se no diploma.
A dinâmica turística “é ainda incipiente, porém com enormes potencialidades”, acrescenta.
Cabo Verde bateu o recorde de 1,2 milhões de hóspedes em 2024, disse na segunda-feira, à Lusa, o presidente do Instituto de Turismo do arquipélago, Jair Fernandes.
Segundo aquele responsável, o setor tem potencial para continuar a crescer, impulsionado pela entrada de companhias aéreas de baixo custo e apostando na diversificação da oferta para outras ilhas como uma prioridade.
De acordo com uma análise divulgada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em fevereiro, só as ilhas do Sal e Boa Vista, que concentram as cadeias hoteleiras internacionais com a oferta de sol e praia, superaram o fluxo turístico de 2019, enquanto as restantes continuam abaixo dos números de visitantes registados antes de a covid-19 irromper.
A Semana com Lusa
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