"Mantenho a disponibilidade em voltar a ser ouvido as vezes que forem precisas", afirmou José Vaz Mascarenhas, sublinhando não ter "nenhum impedimento" em prestar novo depoimento.
Mas esta vontade é contrariada por atrasos na contabilidade do banco. "Há um atraso no fecho das contas de 2008", garantiu, explicando: "Escrevi ontem à comissão a dizer que vejo com alguma dificuldade estar em Lisboa antes do final da próxima semana".
O certo é que, após um pedido de adiamento de mais trinta dias, a comissão deverá ver os seus trabalhos encerrados a 14 de Maio, o que diminui a hipótese de se calendarizar uma nova audição do presidente do Banco Insular.
Mascarenhas garante que, em 2008 o BI terá tido resultados positivos mas, acrescenta, "como não foram feitas as provisões em relação à qualidade dos créditos, esse valor sai afectado". "O total do balanço do banco deverá ser superior a 200 milhões de euros, dos quais nem tudo é crédito irrecuperável." Aliás, a situação do banco é afectada pelos muitos créditos concedidos a empresas do grupo SLN. "É provável que nem todos sejam pagos no seu vencimento sem haver problemas."
José Vaz Mascarenhas está em Cabo Verde para tratar dos procedimentos necessários à liquidação do banco. Segundo o presidente desta instituição, "o Banco Insular está reduzido a uma fracção de um prédio, que ainda não foi vendido, e a um automóvel".
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