Monday, 16 June 2025

Independência de Cabo Verde: Cinquenta anos de inglória ilusão (PARTE II)

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A independência de Cabo Verde valeu a pena, não antes, mas agora sim. Basta reconhecer os erros, corrigi-los e descobrir novos métodos, cientes e conscientes do modelo pela dimensão de estado a aplicar, devolvendo ao povo o que foi roubado, com arrependimento, com um pedido de perdão, pois ninguém está acima da lei, e passar o testemunho, aprendendo a ser ser-humano e um republicano solidário.

Por Péricles Tavares

 

O Povo de Cabo Verde entoará um hino novo, um sopro à liberdade e independência, algo que Amílcar Cabral profetizou, senhor do continente africano e do mundo, da união africana, da fraterna Guiné, e das benditas ilhas de Cabo Verde.

 

O Estado rege-se pelo critério normativo estatutário organizativo e executivo, com a política administrativa territorial representativa do povo soberano. Um Governo de letra grande, não um governicho a chefiar. É pouca sorte do povo que não dobrou o Atlântico, encurralado nas ilhas a povoar e jamais regressou à África Continental de onde não deveria ter sido forçado a partir, onde lhe foi arrebatada a dignidade e a liberdade através de negociatas entre mercantilistas brancos e negros nas longínquas gerações.

Cinquenta anos de amarguras vividas, da escravatura ao estado contratual ainda por desbocar no estado social, o cabo-verdiano ainda se manda destas ilhas por causa das promessas vazias de honestidade com subjugação, sujeitando-se às amarguras do destino, empurrados por hipócritas empresários políticos.

Cabo Verde vai ser estado república quando emanar a lei e a ordem, com um povo do qual Péricles Tavares muito orgulhosamente descende e defende, que verá e viverá a terceira república, e será ouvido de forma respeitosa e soberana, num lugar ao sol onde todos, e Amílcar Cabral patrono das pátrias a presidir, Renato Cardoso, Vieira Lopes, o então encarcerado Amadeu Oliveira, serão cidadãos cabo-verdianos de direito igual.

Ei-lo concedido a nacionalidade pela ocasião do centenário do seu nascimento, combatendo um ressuscitado das catacumbas tem de ser pacóvio e principado da II República. Na vã tentativa de mesquinhar os feitos e glória de ser cidadão, de liberdade e libertação de dimensão universal, África, a mãe africana, tem filhos de onde surge uns poucos pacóvios que negam a realidade a favor da madrasta que sobeja o necessário controle emocional. É preciso ter pachorra de cão. 

O Povo de Cabo Verde entoará um hino novo, um sopro à liberdade e independência, algo que Amílcar Cabral profetizou, senhor do continente africano e do mundo, da união africana, da fraterna Guiné, e das benditas ilhas de Cabo Verde.

Um Estado que funciona como organização política tem o dever de proteger os cidadãos antes e depois da consumação do crime, que todos possam usufruir de confiança depositada para tranquilidade entre todos, os territoriais e os habitantes, e se conclui que o estado é uma família organizada, subjugada pela forçada humildade e deixa de ser Cabo Verde. 

A capacidade de resposta pelo estado às resiliências, aos sacrifícios, às demandas nacionais possíveis com o imparável pelo crescimento económico visível com estratégicas assertivas, à redução da pobreza em toda a sua vertente nutricional aparente, está estampada no semblante triste dos cidadãos desaventurados e desprotegidos pelo deficitário estado social, impossibilitados e entregues ao desprezo, às doenças e a uma morte lenta.

É de repensar o estado que queremos administrar e com quem governar os destinos da nação. Cinquenta anos perdidos, cinco gerações de cabo-verdianos ‘arrancas’, sem futuro, as mães paridas já não conseguem acreditar na partida com regresso dos filhos para o servilismo com preces, choro e soluços, mas acredita que a Independência se encontra sempre na dependência.

Os louros da independência e democracia, o povo ainda espera e desespera. Pede-se que não demorem cinquenta anos mais por misericórdia, senhores burgueses e antipatriotas. O estado colapsou por vossa falsidade, de nada têm aprendido com a história, com o capricho colonial. A vaidade do governante africano estuda pouco, soletra com dificuldade, ouve mal, adora elogios, enólogo da boa pinga e do mata-bicho (suborno).

A independência de Cabo Verde foi algo inesperado sem jeito que custa ajeitar. Só vai ajeitar com os cem anos da existência de Cabral, em tempo oportuno, depois dos cinquenta anos da Independência, é a vez dos netos e bisnetos, de uma nova geração de líderes assumir Cabo Verde, com um novo alento e uma única direção: a salvação. 

Um povo abastado e feliz merece um governo patriota inteligente muito aquém do que conhecemos, incapaz e insuficiente. Cabo Verde é pátria de alguns e país de todos os cabo-verdianos. Em Cabo Verde, os cabo-verdianos em primeiro, segundo e terceiro, os nossos amigos e companheiros de todas as horas, o cão, o gato e parceiros.

Valeu a pena a independência, por Cabral sempre! 

Cidadela, 28 de Maio de 2026


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Terra
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Ninguem perguntava a um homem se ele tinha mérito de ser na uma linha partidário/ Hahaha tchakota boca calado tem resposta ...

Maika
1 day 6 hours

Não fosse o apoio do imperialismo americano desta vez seria varrido da face da terra os genocidas e criminosos sanguinários ...

Terra
3 days 21 hours

Nhos vota na MPD tamebe Naty fla ma ainda nos codja nada?

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