Tuesday, 29 July 2025

Arranque esta segunda-feira de uma conferência da ONU sobre o futuro da Palestina

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Decorre a partir desta segunda-feira e durante mais dois dias em Nova Iorque uma conferência da ONU sobre o futuro dos territórios palestinianos, por iniciativa da Arábia Saudita e da França. Este encontro no qual participam os representantes de mais de cem países, mas sem Israel e os Estados Unidos, será o prelúdio de uma cimeira a decorrer em Setembro sobre este assunto. Nestes próximos dias, as discussões articulam-se à volta de três eixos: reformas na Alta Autoridade Palestiniana, o desarmamento do Hamas e a normalização das relações com Israel por parte dos países árabes que ainda não o fizeram.

 

Enquanto Israel observa uma pausa na Faixa de Gaza, habitantes da Cisjordânia deram conta de um ataque de colonos israelitas contra uma aldeia cristã do centro desse território que, na semana passada, o parlamento israelita apelou Telavive a anexar integralmente. Algo de que não escapou a Rami, jovem habitante da Cisjordânia."Houve na quarta-feira a votação do parlamento israelita a favor da anexação total da Cisjordânia. O que implica o abandono de uma solução com dois Estados. É um texto apenas simbólico que não tem valor legal. Mas na realidade há muito tempo que Israel ocupa e anexa partes da Cisjordânia", comenta o jovem.

 

Muito embora os países organizadores da cimeira não alimentem expectativas quanto a evoluções imediatas por parte dos países árabes no que tange às suas relações com Israel, o ministro francês dos negócios estrangeiros, cujo país anunciou na semana passada a intenção de reconhecer o Estado da Palestina, disse que outros países europeus iriam confirmar uma decisão semelhante durante a conferência desta semana.

Sabe-se, contudo, que a Alemanha não encara isso "a breve trecho" e que o Reino Unido disse ainda na sexta-feira que um reconhecimento "deveria inserir-se num plano global".

Apesar de esta conferência acontecer num momento em que Israel decidiu fazer uma pausa parcial da sua ofensiva em Gaza de modo a deixar passar alguma ajuda humanitária para junto de uma população cujos níveis de malnutrição são considerados "preocupantes" pela ONU, o cepticismo predomina do lado palestiniano, nomeadamente para Mustafa Barghuthi, secretário-geral do partido "Moubadara", baseado na Cisjordânia.

"Tudo isso é bom, é útil, mas não é suficiente. Enquanto as pessoas morrem de fome em Gaza no século XXI por causa do bloqueio israelita, o que precisamos da comunidade internacional são sanções. Sem ameaçar Israel com sanções, o país não mudará seu comportamento", considera o líder político.

Enquanto Israel observa uma pausa na Faixa de Gaza, habitantes da Cisjordânia deram conta de um ataque de colonos israelitas contra uma aldeia cristã do centro desse território que, na semana passada, o parlamento israelita apelou Telavive a anexar integralmente. Algo de que não escapou a Rami, jovem habitante da Cisjordânia.

"Houve na quarta-feira a votação do parlamento israelita a favor da anexação total da Cisjordânia. O que implica o abandono de uma solução com dois Estados. É um texto apenas simbólico que não tem valor legal. Mas na realidade há muito tempo que Israel ocupa e anexa partes da Cisjordânia", comenta o jovem.

O receio de que a criação de um Estado palestiniano se torne factualmente impossível dadas as investidas israelitas está a ganhar terreno.

Apesar de 142 dos 193 países-membros da ONU reconhecerem a Palestina, em termos concretos, a Faixa de Gaza foi reduzida a ruínas e, segundo dados considerados fidedignos, foram mortos quase 60 mil palestinianos desde o começo da guerra no enclave em Outubro de 2023, sendo que as Nações Unidas contabilizaram cerca de mil palestinianos mortos na Cisjordânia na sequência de ataques de colonos ou de militares israelitas.

 

A Semana com RFI

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Semedo
1 day 22 hours

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José
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José
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