Os membros do programa Kreditá Na Bo promoveram hoje uma marcha pelas ruas da cidade de Assomada, para sensibilizar e assinalar o Dia Mundial Contra o Tráfico de Pessoas, que se comemora a 30 de Julho.

Em declarações à imprensa, a representante da associação em Santa Catarina, Elisângela Dias, explicou que o objectivo é continuar a sensibilizar a sociedade sobre o tráfico de pessoas, lembrando que esta marcha é organizada desde 2019, embora em outras ilhas.

Hoje, vários elementos do programa social Kreditá Na Bo envolveram mulheres, homens e crianças nesta marcha, pelas ruas da cidade do planalto, com cartazes, veiculando mensagens de alerta para a necessidade da prevenção e do combate do crime que é real e que tem feito milhares de vítimas todos os anos e em todo mundo. 

“Muitas pessoas não têm ideia do que é o tráfico e pensam que é somente no exterior que existe”, disse esta responsável, afirmando que o fenómeno acontece também em Cabo Verde.

Segundo a mesma fonte, existem pessoas que são vítimas “fáceis” a partir de um simples telefone.

Entre os tráficos mais comum, indicou o tráfico para exploração sexual, em que as mulheres são as maiores vítimas.

Ressaltou ainda que o tráfico de pessoas é um tráfico poderoso, estando atrás do tráfico de drogas e de armas e há vários criminosos com várias intenções, que sempre procuram vítimas em qualquer parte e atacam maioritariamente as pessoas mal informadas.

Por seu turno, a presidente do Observatório Nacional do Tráfico de Pessoas, Elisa Fontes, explicou que o organismo, além de pretender promover um espaço de reflexão e de diálogo no dia 30, promoveu um conjunto de actividades para assinalar todo o mês e neste âmbito uniram-se à associação que também é membro para mobilizar e sensibilizar a população sobre a gravidade que constitui este tipo de prática.

Igualmente, relembrou que o tráfico de pessoas não se refere somente ao desaparecimento de pessoas, mas engloba crimes como fraude, tortura, pornografia infantil, prostituição e situação de vulnerabilidade das crianças.

Para os promotores da marcha, combater o tráfico de pessoas é um acto de cidadania, e a iniciativa do género, em Assomada, mostra que união de esforços para enfrentar o desafio é fundamental e que qualquer situação de risco deve ser denunciada, através da Linha anónima e gratuita / 800 5215 e também Polícia Nacional 132.

A Semana com Inforpress