Wednesday, 30 July 2025

PAICV denuncia "saga de destruição" em Santo Antão e acusa Governo de “abandono e desmantelamento”

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Os deputados do PAICV (oposição) pelo círculo eleitoral de Santo Antão denunciaram hoje uma “saga de destruição” da ilha, acusando o Governo de “abandono, falta de visão estratégica e desmantelamento de investimentos” essenciais para o desenvolvimento local.

Em declarações à imprensa, a deputada Rosa Rocha alertou para o "recuo económico" e a "perda de investimentos estratégicos" na ilha. 

Quisemos ver qual é o estado da ilha de Santo Antão, a segunda maior em extensão a nível nacional, em população, e que outrora foi a terceira em termos de contribuição para o PIB nacional. Entretanto, vem perdendo população e peso económico, porque não há uma visão estratégica nem pragmatismo na execução dos grandes desafios que a ilha enfrenta”, afirmou.

Segundo a parlamentar, o Governo assumiu, em 2016, compromissos estruturantes, como a construção do aeroporto e a modernização do porto, mas, oito anos depois, “continua a criar expectativas” sem apresentar soluções concretas.

“Continuamos com a economia a regredir e com problemas estruturais em vários sectores”, criticou.

No sector agrícola, Rosa Rocha denunciou o “desmantelamento de estruturas herdadas” pelo actual Governo, citando o centro pecuário de Lajedos, que promovia o melhoramento genético das raças locais e o centro de expurgo, “que se encontra abandonado”.

“Era um centro de fomento da pecuária e foi desmantelado. Temos ainda o centro de expurgo, a poucos minutos do porto, que tinha um problema de energia facilmente resolúvel com painéis solares, mas o Governo prefere deixá-lo ao abandono”, mostrou.

Rosa Rocha questionou ainda o modelo de financiamento para a reactivação do centro de expurgo, onde a Empresa Nacional de Administração dos Portos (Enapor) financiaria 100 mil contos, mas o Governo assumiria a renda, considerando a situação "muito mal explicada".

Ainda no sector agrícola, Rosa Rocha criticou o estado das barragens da ilha.

“A barragem de Canto de Cagarra esteve oito anos sem utilização, só agora começou a ser usada após a pressão da oposição. A de Chã de Branquinho continua inoperacional desde os danos registados em 2016, com o sistema de bombagem completamente danificado”, disse.

A deputada apontou também a “inoperacionalidade das delegações do Ministério da Agricultura”, que “carecem de técnicos e veterinários”, deixando os agricultores "entregues à sua sorte".

No domínio do agro-saneamento, Rosa Rocha lembrou que, em 2014, já existia financiamento do Millennium Challenge Account (MCA) para um sistema de esgotos em Porto Novo. No entanto, até hoje a cobertura “é insuficiente”.

“A única localidade com rede de esgotos é a cidade de Porto Novo, e mesmo assim, bairros como Chã Viúva, Alto Peixinho e Alto São Tomé não estão contemplados. O suposto ‘maior projecto de agro-saneamento’ do Governo [lançado na terça-feira, 22] não responde aos desafios actuais nem projecta o desenvolvimento da ilha”, concluiu.

 

A Semana com Inforpress

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Isa
1 day 4 hours

Isto do 15/o salário é ANEDOTA . Ninguém quer perder eleições

jcf
2 days

É mesmo isso, se prestarmos atenção com olhos bem abertos — e não com aquela lente cor-de-rosa da diplomacia vaticana ...

Semedo
3 days 2 hours

O excedente que pode levar a mais um bonus * 15/o salario !!!) deve ser encaminhado para Instituições de Carentes. Tanta ...

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