A visita, segundo Nuías Silva, visa reforçar a cooperação entre os dois municípios e parcerias na implementação de projectos nas áreas cultural, agrícola e de iluminação pública, como o projecto de requalificação e transformação do bairro de Beltches, denominado Beltches CultArte, e que conta com a parceria de Palmela.
Durante a visita, a delegação de São Filipe irá participar nas celebrações do Dia do Município e das Festas das Vindimas de Palmela, um dos maiores eventos culturais e vitivinícolas da região.
As dificuldades nos transportes internos impediram a participação de empresas foguenses ligadas ao sector das vindimas, mas a autarquia fez-se representar com uma selecção de produtos típicos da ilha como queijos e vinhos.
“Na bagagem, levamos produtos das unidades de produção de queijo Suifogo e Cutelo Capado, e vinhos das adegas Maria Chaves, Sodade e Chã, que serão expostos e degustados no dia 05, na Casa Mãe do Vinho de Palmela”, adiantou o presidente Nuías Silva.
Um dos principais objectivos desta missão é criar pontes comerciais entre produtores de vinho do Fogo e de Palmela, e ao mesmo tempo valorizar os produtos locais da ilha do Fogo, explorando a possibilidade de criação de uma Denominação de Origem Controlada (DOC) para os vinhos produzidos na ilha.
Palmela, que já detém esse estatuto em Portugal, é vista como uma referência nesse processo, podendo oferecer experiência e conhecimento aos produtores foguenses interessados em elevar a qualidade e a reputação dos seus vinhos, sublinhou Nuías Silva.
Durante a visita, o vereador António Cula irá manter contactos com organizações do sector produtivo com o objectivo de recolher experiências úteis para a implementação do Parque Agroalimentar do Fogo, um projeto estratégico em desenvolvimento pela Câmara de São Filipe.
O parque será instalado em Monte Barro, nas proximidades do Centro Pós-Colheita, ou Monte Genebra, e deverá acolher indústrias de transformação agroalimentar, embalagem e valorização de produtos locais, criando novas oportunidades para os pequenos produtores da ilha.
Além da cooperação com Palmela, a autarquia está a desenvolver parcerias com o Parque Agroalimentar de Cacheu, na Guiné-Bissau, e com o apoio técnico do Governo e emigrantes, para consolidar o projecto.
A missão institucional também tem como propósito apresentar Palmela como uma parceira estratégica de São Filipe em várias frentes de desenvolvimento, nomeadamente nas áreas da transformação agroalimentar e melhoria de castas de videiras.
Está em estudo a possibilidade de importar estacas de videiras de Palmela, que seriam reproduzidas no viveiro municipal de Ponta Verde e distribuídas posteriormente aos agricultores da ilha do Fogo, como forma de diversificar e qualificar a produção local de uvas.
“É uma visita curta, mas estratégica, que reforça a nossa visão de internacionalização dos produtos do Fogo e a criação de condições para um sector agrícola mais competitivo e moderno”, concluiu Nuías Silva.
A Semana com Inforpress
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