O ex-Presidente da República Jorge Carlos Fonseca já escreveu 27 livros e tem mais dois para dar à estampa ainda este ano, sendo um literário e outro sobre direito criminal.
Jorge Carlos Fonseca explicou em entrevista à Inforpress que ainda não tem datas exactas para a publicação dos livros, mas um deles, o jurídico, “O erro em direito penal, em especial no direito penal cabo-verdiano”, tem já as provas para revisão, enquanto o de cariz literário “A guerra, o Amos, os Versos”, aguarda ainda indicações da editora.
Considerado um dos grandes poetas contemporâneos de Cabo Verde, o escritor e ex-Presidente da República já tem mais de duas dezenas de livros publicados, dos quais sete são de literatura e 20 sobre direito criminal, constitucionalismo e política.
Entre a política, a democracia, a Constituição e direito, publicou 20 livros, e os outros sete são literatura, sobretudo poesia, tendo os textos literários sido traduzidos em seis línguas, nomeadamente francês, inglês, italiano, espanhol, checo e em eslovaco.
Só para citar alguns, o Albergue Espanhol, está traduzido em espanhol, italiano e francês, A sedutora Tinta de Minhas Noutes, em italiano, Escritos Ucranianos, no processo de tradução para o espanhol, na República Dominicana, e Porcos em Delírio, está traduzido em inglês, devendo a edição sair dentro destes dias na Califórnia.
Jorge Carlos Fonseca espera fazer a apresentação do livro na versão inglesa, conforme sussurrou, nos Estados Unidos, ou aqui em Cabo Verde.
Aproveitou ainda o momento para falar sobre a instituição que criou chamada Iniciativa Liberdade e Democracia Jorge Carlos Fonseca, que é uma instituição, e juridicamente é uma fundação que se dedica e vai se dedicar, conforme explicou, à promoção da cultura da liberdade e democracia em Cabo Verde.
“Portanto, nesse sentido, o bicho da política mantém-se”, manifestou, almejando ter meios, vida e saúde, também para fazer um trabalho na África Ocidental e nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), definindo-se, por isso, como “um jardineiro da liberdade e um peregrino da democracia”.
“Continuo a ir a escolas secundárias, universidades, a ser convidado para conferências sobre democracia, liberdade, direitos fundamentais, mas também faço muitas conferências sobre direito criminal, processo criminal, literatura, poesia, escrevo livros… tenho uma actividade intensa de palestras, conferências, apresentação em colóquios, apresentação de livros, prefácios de livros, entre outras coisas”, finalizou.
Há quem lhe chame de doutor, outros chamam-lhe Presidente, antigo Presidente da República, ex-Presidente da República… E é nessa qualidade que Jorge Carlos Fonseca está num edifício público, concedido pelo Estado ao abrigo de uma lei aprovada pelo Parlamento, isto é, todos os ex-Presidentes da República têm direito a um gabinete de trabalho em edifício público.
Como ele, todos os antigos presidentes utilizaram e utilizam um edifício público para gabinete de trabalho.
Neste particular, Jorge Carlos Fonseca acha um “devaneio ou um mau sono” algumas pessoas estarem preocupadas com isso, por lhe ter sido concedido aquele espaço.
“Podia estar aqui como noutro edifício público qualquer. Já agora digo, eu até sinto-me prejudicado e discriminado negativamente, porque é um direito que eu tenho como ex-Presidente. Portanto, devia ter tido direito ao edifício, a um gabinete, desde o dia 09 de Novembro de 2021, desde o dia que o novo presidente tomou posse. Como noutros sítios, no dia que eu cessei as funções deviam-me ter dado as chaves. Esperei três anos para estar aqui”, desabafou.
A Semana com Inforpress
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