O Exército da China vai enviar uma guarda de honra para os desfiles do Dia da Vitória em Moscovo, onde o presidente chinês, Xi Jinping, deverá comparecer ao lado do homólogo russo, Vladimir Putin, na Praça Vermelha.
O Ministério da Defesa da China anunciou que enviará uma guarda de honra para participar nos desfiles militares nas capitais da Rússia e da Bielorrússia, para assinalar o 80.º aniversário da derrota da Alemanha nazi, que se celebra na sexta-feira.
Pequim enviou guardas de honra a Moscovo para um desfile comemorativo do Dia da Vitória em 2015, mas esta será a primeira vez que uma guarda de honra chinesa participará num evento semelhante em Minsk.
Segundo analistas chineses, o gesto visa demonstrar apoio à ordem internacional do pós-Segunda Guerra Mundial, que Pequim considera estar sob ameaça.
Vídeos divulgados nas redes sociais chinesas mostraram os ensaios dos soldados chineses em Minsk e Moscovo na semana passada.
Como parte dos preparativos para o desfile em Moscovo, os soldados chineses ensaiaram a "Canção dos Guerrilheiros" na Praça Vermelha, no domingo, descreveu o Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês. A canção patriótica descreve as dificuldades enfrentadas pelos soldados chineses durante a invasão japonesa.
A agência de notícias oficial Xinhua afirmou que este ano é importante para a China e a Rússia, bem como para "todos aqueles que amam a paz em todo o mundo", uma vez que também assinala o 80.º aniversário do fim da invasão do Japão na China.
A Xinhua acrescentou que China e Rússia vão "defender a história escrita com sangue e vidas, e opor-se a qualquer tentativa ou comportamento que procure negar, distorcer ou falsificar a história da Segunda Guerra Mundial".
Pequim já tinha anunciado que Xi visitará a Rússia entre quarta-feira e sábado, e que manterá um "diálogo estratégico" com Putin.
A visita ocorre num momento em que a guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressiona o sistema comercial internacional e enfraquece a parceria transatlântica - uma aliança que Pequim e Moscovo há muito consideram uma força dominante a ser contrabalançada no sistema internacional.
A Semana com Lusa
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