Emigrantes em férias em Cabo Verde pediram esta sexta-feira mais eficiência dos transitários no desalfandegamento de encomendas, alegando que os serviços prestados por estes têm sido "muito morosos".
Em declarações à Inforpress, os emigrantes relatam que essa “lentidão no desalfandegamento” de encomendas os impede de receber os seus pertences antes de regressarem aos países onde vivem.
Ana Semedo, uma emigrante, contou que não conseguiu desalfandegar material de construção para a sua casa, mesmo após várias tentativas.
“Tive que comprar novos materiais, sabendo que eu trouxe [de fora] para utilizar, e o contentor está fechado ainda”, testemunhou, completando que demoram horas para terem informações sobre a sua encomenda.
Outro emigrante, que preferiu não se identificar, afirmou que, em vez de aproveitarem as férias, passam os dias nos serviços alfandegários sem obter uma data concreta para recolher as suas encomendas.
Apesar das críticas, os emigrantes elogiaram a introdução dos transitários, mas pedem melhorias no atendimento e no processo de desalfandegamento.
Neste sentido, apelaram às autoridades para que melhorem este serviço, sublinhando que os emigrantes estão sempre na linha de frente em ajudar Cabo Verde no processo de desenvolvimento.
Um responsável de uma agência de despacho de encomendas, contactado pela Inforpress, confirmou as demoras, especialmente durante a época alta.
Conforme adiantou, a implementação do novo modelo de desalfandegamento de encomendas tem gerado atrasos na abertura dos contentores, um problema que tem afectado todos que procuram os transitários para levantarem os seus pertences.
O responsável explicou que o atraso na abertura dos contentores ocorre na Enapor, alegando que as justificativas dadas pela empresa são avaria da máquina de ‘scanner’ ou falta de mão de obra.
“Os contentores são os agentes da Enapor que fazem a abertura e não os transitários”, esclareceu, avançando que sempre chamam atenção da empresa para melhorarem ainda mais este serviço, sobretudo nas épocas altas.
Neste particular, a Enapor negou as acusações de atraso, afirmando que a abertura dos contentores segue uma ordem de chegada e depende do cumprimento prévio das formalidades e do pagamento dos custos associados.
"Sem estas condições os contentores não poderão ser abertos”, esclareceu a empresa através de uma nota.
“Todos os quatro equipamentos de ‘scanners’ estão operacionais, reunindo todas as condições técnicas e humanas para o pleno funcionamento”, elucidou, garantindo que a Enapor continuará a pautar a sua gestão conforme os “fundamentos de excelência” que regem o seu modelo de gestão orientada para o cliente.
A Semana com Inforpress
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