O deputado da União Cabo-verdiana, Independente e Democrática (UCID-oposição) João Santos Luís acusou hoje o Governo de praticar uma política fiscal “exorbitante” que impede o crescimento económico do País.
O parlamentar eleito na lista da UCID exortou ao executivo de Ulisses Correia e Silva no sentido de dar “melhores condições” ao sector privado nacional, reduzindo os custos operacionais do sector e isso, retorquiu o deputado, “não vem sendo feito”.
“O País tem condições e potencialidades para um crescimento económico mais robusto”, indicou João Santos Luís, para quem uma mexida na carga fiscal aumentará a possibilidade de mais investimentos em Cabo Verde e, logo, “maior crescimento” da economia nacional.
O também presidente da UCID fez essas considerações na sequência da declaração política do Movimento para a Democracia (MpD-poder) hoje no parlamento, onde destacou o crescimento económico nos últimos anos.
Para o deputado Aniceto Barbosa, que deu voz à bancada do MpD, “falar de crescimento económico temos que falar [da sua] redistribuição”.
Cabo Verde, disse, tem registado uma “dinâmica crescente, através de reformas estruturais, que têm impactado e de que maneira a nossa economia.
Este crescimento económico, frisou, é suportado por uma política do Governo do MpD e materializado pelo Governo de Ulisses Correia e Silva.
Ainda na sequência da declaração política do MpD, veio à baila a decisão da presidente da câmara municipal do Porto Novo, Elisa Pinheiro, em aumentar o salário mínimo na edilidade para 19 mil escudos, quando o deputado Damião Medina, do partido que suporta o Governo no Parlamento, afirmou que decisão da edil portonovense ficou a dever-se ao aumento da transferência do Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF).
O líder da bancada parlamentar do PAICV, João Baptista Pereira, contrariou o deputado Damião Medina, destacando a “decisão extraordinária” da autarca do Porto Novo, o que segundo ele, beneficia o pessoal do saneamento, “a classe que ganha menos”.
“Pergunto ao senhor deputado Damião Medina por que razão o anterior presidente não implementou estas medidas, quando sempre disseram que a economia estava a crescer”, pontuou João Baptista Pereira.
A Semana com Inforpress
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