terça-feira, 24 junho 2025

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Diplomacia francesa propõe restrições de vistos a nível da União Europeia

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O ministro dos Negócios Estrangeiros de França propôs hoje que todos os membros da União Europeia reduzam em simultâneo a emissão de vistos para os países que não aceitem de volta os seus cidadãos expulsos.

"Se um país não cooperar com as autoridades francesas, proporei que todos os países europeus, ao mesmo tempo, possam restringir a emissão de vistos", disse Jean-Noël Barrot, à emissora France 2.

"Quando o fazemos a nível nacional, infelizmente não funciona", argumentou o diplomata, poucas horas antes de uma reunião interministerial sobre controlo da imigração, tendo como pano de fundo uma crise diplomática com a Argélia.

Por outro lado, o ministro propõe que a UE reduza as tarifas aduaneiras para os países que coopera no que toca à deportação. "É uma motivação particularmente poderosa", disse.

Depois de um atentado em Mulhouse, no leste de França, no sábado, de que é acusado um argelino em situação irregular, Barrot defendeu permitir que um juiz coloque estrangeiros nestas circunstâncias em detenção "por razões de ordem pública, porque hoje isso não é possível por lei".

"Isto requer desenvolvimentos europeus. Começámos a fazer campanha ativamente para que isso aconteça", disse o chefe da diplomacia francesa.

"Se queremos ter a máxima eficiência com a nossa política de migração, há muitas coisas que serão muito mais eficazes se passarmos pelo nível europeu", disse Barrot.

Horas antes, numa outra entrevista, à BFMTV, o ministro afirmou que foram aplicadas restrições ao movimento e acesso ao país de alguns dignitários argelinos, até Argel retomar a cooperação, nomeadamente recebendo indivíduos deportados.

"São medidas reversíveis e que terminarão assim que for retomada a cooperação que pedimos", afirmou Barrot.

Os dois países vivem uma crise diplomática e têm prevista para os próximos dias uma reunião interministerial sobre controlo da imigração.

As medidas foram decididas para "promover ou defender os interesses dos franceses", justificou Barrot, mencionando "a readmissão de argelinos em situação irregular" e ainda a libertação do escritor franco-argelino Boualem Sansal preso na Argélia.

O ministro disse que a detenção do escritor, acusado de prejudicar a segurança nacional pelas suas opiniões, era inaceitável.

As declarações do chefe da diplomacia surgem numa altura em que a posição a adotar em relação a Argel divide o Governo francês.

No sábado, um argelino de 37 anos em situação irregular matou uma pessoa, cidadão português, com uma faca e feriu outras sete, incluindo cinco polícias, em Mulhouse.

O argelino era acusado de terrorismo e tinha sido expulso por várias vezes do país, com a Argélia a recusar sucessivos pedidos para o receber.

 

A Semana com Lusa

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