terça-feira, 08 julho 2025

I INTERNACIONAL

Papa Leão XIV defende a preservação da dignidade dos migrantes

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O Papa Leão XIV defendeu esta sexta-feira a preservação da dignidade dos migrantes, que deve ser a mesma de uma “criatura querida e amada por Deus”, num discurso que proferiu aos representantes do corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé.

 "Nos tempos de mudança que vivemos, a Santa Sé não pode deixar de fazer ouvir a sua voz perante os numerosos desequilíbrios e injustiças que conduzem, entre outras coisas, a condições de trabalho indignas e a sociedades cada vez mais fragmentadas e conflituosas", disse o Papa perante representantes dos 184 países com os quais a Santa Sé mantém relações diplomáticas.

Leão XIV acrescentou que "é também necessário desenvolver esforços para remediar as desigualdades globais, que deixam profundos fossos entre a opulência e a pobreza, entre continentes, países e até mesmo dentro das sociedades".

O pontífice apelou ainda àqueles "que têm a responsabilidade de governar para que se dediquem à construção de sociedades civis harmoniosas e pacíficas", acreditando que "isso pode ser conseguido sobretudo investindo na família, fundada na união estável entre o homem e a mulher".

Para o Papa, "ninguém pode ficar isento de promover contextos em que seja protegida a dignidade de cada pessoa, especialmente a mais frágil e indefesa, desde o nascituro até ao idoso, desde o doente até ao desempregado, sejam eles cidadãos ou migrantes".

O Papa recordou a sua própria experiência de vida, "espalhada entre a América do Norte, a América do Sul e a Europa", e a sua própria história, que é a de "um cidadão, descendente de imigrantes, que emigrou ele próprio".

"A sua dignidade (...) é sempre a mesma: a de uma criatura querida e amada por Deus", afirmou.

Enquanto foi cardeal, Robert Francis Prevost criticou, em mensagens publicadas nas redes sociais, as políticas anti-imigração do Presidente norte-americano, Donald Trump.

Hoje, no seu primeiro encontro com o corpo diplomático, Leão XIV defendeu que se deve dar um novo impulso à diplomacia multilateral e às instituições internacionais que foram pensadas e concebidas para resolver conflitos que possam surgir no seio da comunidade internacional.

Leão XIV recordou mesmo o pedido final do Papa Francisco, no domingo de Páscoa, para que os países abandonem a corrida pelo rearmamento.

"Este é um tempo de conversão e de renovação e, sobretudo, uma oportunidade para deixar os conflitos para trás e iniciar um novo caminho, animados pela esperança de poder construir, trabalhando em conjunto, cada um segundo a sua própria sensibilidade e responsabilidade, um mundo em que cada um de nós possa realizar a sua humanidade na verdade, na justiça e na paz", concluiu o Papa, perante os diplomatas.

 

A Semana com Lusa

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