O Presidente da República considerou hoje, no Tarrafal, a educação como “importante elevador social”, em que os investimentos feitos no sector ao longo dos anos contribuiu para o lançamento dos alicerces do desenvolvimento do país.
“Houve a democratização do acesso, espalhamos escolas por todos os cantos do país, não há nenhum vale, nenhuma encosta, nenhum planalto dessas ilhas onde não haja uma escola e um professor. Garantimos o acesso à educação, o ensino básico foi generalizado, mais tarde o ensino secundário e depois criamos as universidades (…)”, congratulou-se.
José Maria Neves fez essas declarações durante a abertura do Fórum de Educação Tarrafal, que decorre de hoje a sexta-feira,11, no Mercado Municipal de Cultura e Artesanato do Tarrafal (Santiago), sob lema “Ponte entre ciência e prática unidas”, tendo afirmando que de 1975 a esta parte que Cabo Verde “investiu pesadamente” na educação.
“A educação tem sido um importante elevador social. Em Cabo Verde, por via da educação, temos conseguido enormes mudanças, uma grande mobilidade social, e é pela via da educação que estamos a construir muito mais igualdade de oportunidades entre os cabo-verdianos”, concretizou o chefe de Estado.
“É pela via da educação que estamos a dar muito mais oportunidades as mulheres cabo-verdianas. É basta ver as escolas, os hospitais, as universidades, as empresas, organizações não-governamentais para descobrirmos o quanto as mulheres forem ‘empoderadas’ pela via da educação”, acrescentou.
Nas vésperas de Cabo Verde comemorar 50 anos da sua independência, o mais alto magistrado da Nação notou que o país tem que ser um crítico do percurso feito, mas, sobretudo, perscrutar o futuro da educação em Cabo Verde.
Assim sendo, tomando como marco 1975, sublinhou que a nível da educação o arquipélago teve “um crescimento a todos os títulos extraordinários”, acrescentando que este “salto qualitativo” no sistema educativo se deveu aos investimentos feitos pelas famílias, igrejas, diáspora, sindicatos e entidades públicas.
“Houve a democratização do acesso, espalhamos escolas por todos os cantos do país, não há nenhum vale, nenhuma encosta, nenhum planalto dessas ilhas onde não haja uma escola e um professor. Garantimos o acesso à educação, o ensino básico foi generalizado, mais tarde o ensino secundário e depois criamos as universidades (…)”, congratulou-se.
Não obstante os ganhos, notou que o país tem que perspectivar o futuro e pensar com olhar clínico a sua educação, para ver que mudanças e transformações têm que fazer para que o sistema educativo possa estar à altura dos desafios do século XXI, referindo-se aos ganhos das tecnologias informacionais, designadamente a Inteligência Artificial (IA).
No acto intervieram ainda um dos fundadores da Associação Delta Cultura, Florian Wegenstein, e o presidente da Câmara Municipal do Tarrafal, José dos Reis, que reiteraram o compromisso das duas instituições em continuar a investir na educação, cujo investimento, segundo os mesmos, tem “retorno garantido”.
Durante três dias, o fórum, uma iniciativa da Associação Delta Cultura, vai discutir temáticas de “grande relevância” para o processo de aprendizagem, com destaque para “Neurociência e educação”, “Ambientes de aprendizagem e inovação” e discussões sobre modelos educativos inovadores e os impactos da tecnologia no cérebro.
O fórum inclui também um espaço de diálogo colaborativo para construção de ideias, com a participação de académicos e outros especialistas nacionais e internacionais para partilha dos últimos avanços científicos na área.
A Semana com Inforpress
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