O professor reformado, antigo eleito municipal e vereador da câmara de São Filipe, Manuel António Andrade Gomes, mais conhecido por Mané de Tchinina, faleceu este domingo, 22, no Hospital Regional São Francisco de Assis,  vitima de doença prolongada.Homem de «parte»/humor, Gomes deixou um legado importante através de dois livros que publicou, sendo um sobre a «Memória de uma geração» e o outro « Lenda e Feiteçaria na Ilha do Fogo». 

Eugênio Veiga, presidente da câmara de São Filipe entre 1992 a 2012, destacou o perfil de Manuel António Andrade Gomes e afirmou que “foi uma figura politicamente polivalente e sempre engajada na busca de respostas adequadas para as grandes dificuldades de então. Como todo ser humano, tinha seus limites, mas constantemente tentava construir pontes e soluções".

O seu funeral está previsto para esta terça-feira, hora a indicar a partir da sua residência em Patim. Casado e país de de quatro filhos (duas rapargas e dois rapazes), Manuel faleceu aos 69 anos de idade, no hopsital Regional de São Filipe, onde se econtrava internado,  vítima de doença prolongada.

Homem de «parte» (humorista), como se diz no Fogo, era o seu modo natural de estar. Por isso, era sempre rodeado de pessoas que ouviam, em gargalhas, as lendas e histórias que contava com piada. Antes de morrer, lançou o seu segundo livro «Lenda e Feitiçaria da ilha do Fogo», rusultado de uma investigação que fez  e que trouxe muitas revelações importantes de testumnhas ainda vivas.

Figura emblemática da vila de Patim, zona sul do município de São Filipe, Manuel António Andrade Gomes deixou a comunidade local enlutada com o seu desaparecimento físico, sublinha a Inforpress.

Segundo a mesma fonte, Mané de Tchinina era natural de Patim, onde nasceu, viveu e trabalhou como professor e onde era considerado um “homem admirável”, que deixa “um legado imenso”, não só na sua terra natal, mas em todo o município de São Filipe e na ilha do Fogo.

Reconhecido como exemplo de “bondade, generosidade e dedicação”, Mané de Tchinina tocou inúmeras vidas ao longo de sua trajetória multifacetada, primeiro como professor, depois como político e escritor, e dedicou-se “incansavelmente” ao bem-estar colectivo, segundo pessoas que conviveram de perto com ele.

Sua marca, segundo testemunhos citadas pela Inforpress, era a disponibilidade para ajudar todos que o procuravam, virtude que, aliada à coragem e compromisso com o próximo, definiu o seu carácter.

No campo política, Manuel António Andrade Gomes, foi militante do PAICV desde a primeira hora e durante mais de 40 anos foi membro do Conselho do Sector de São Filipe do PAICV (1980 a 2021), foi eleito da Assembleia Municipal de São Filipe no mandato de 1996 a 2000 e vereador da câmara de São Filipe de 2000 a 2004.

Eugênio Veiga, presidente da câmara de São Filipe entre 1992 a 2012, destacou o perfil de Manuel António Andrade Gomes e afirmou que “foi uma figura politicamente polivalente e sempre engajada na busca de respostas adequadas para as grandes dificuldades de então. Como todo ser humano, tinha seus limites, mas constantemente tentava construir pontes e soluções".

A Semana com Inforpress