Cabo Verde tem uma produção contratada de energias renováveis até final do ano que colocam ao alcance do arquipélago a meta de produzir metade da eletricidade sem combustíveis fósseis até 2030, disse esta quarta-feira o primeiro-ministro.
“A capacidade total de produção contratada, em 2024 e 2025, é de 53,3 megawatts, o que coloca o país a atingir 35% de penetração renovável em 2026, antecipando a meta que tínhamos previsto”, que era de 30% no próximo ano, referiu Ulisses Correia e Silva, hoje, na abertura do quarto fórum de investimentos do país, na ilha do Sal.
Os números estão “em linha com a meta de se atingir 50%, ou mais, em 2030”, acrescentou.
A transição energética permitirá baixar o custo da eletricidade e aliviar a dependência de importação de combustíveis.
O setor é um dos que é apresentado como uma oportunidade no fórum que hoje arrancou, na expetativa de atrair investidores, a par da economia azul e do setor digital.
Apesar do “contexto geopolítico conturbado”, o líder do Governo disse não haver “razões à vista” para “descontinuar a previsão de crescimento económico de Cabo Verde”.
“A economia continuará a crescer em ambiente de estabilidade macroeconómica”, acrescentou, recordando a mais recente previsão, feita na última semana pelo Banco Mundial, que aponta para um crescimento da economia de 5,9% em 2025 (depois de 7,3% em 2024).
As sessões plenárias que hoje arrancaram têm como objetivo primário facilitar o diálogo e a colaboração entre empresários, autoridades locais e instituições financeiras europeias de desenvolvimento, entre outros parceiros-chave.
O terceiro dia do fórum, sexta-feira, será inteiramente dedicado à promoção dos investimentos previstos no âmbito da estratégia Global Gateway da União Europeia (UE), que prevê investimentos da ordem de 300 milhões de euros, nos próximos anos, em Cabo Verde.
A Semana com Lusa
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