De acordo com José Maria Neves, que discursava no pequeno-almoço de Alto Nível da Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS), a subida do nível do mar reveste-se da urgência imposta pela gravidade das suas ameaças.

“O processo reveste-se da urgência imposta pela gravidade das ameaças que enfrentamos e a Declaração, que estamos prestes a adotar assume enorme relevância. Cabo Verde apela à comunidade internacional, para que apoie esta Declaração e coopere na consecução dos seus objectivos”, exortou.

Por outro lado, o chefe de Estado reivindicou uma maior presença dos pequenos Estados insulares em reuniões internacionais, para impulsionar reformas que abordem as suas vulnerabilidades e conceber instrumentos financeiros adaptados às suas circunstâncias.

Acrescentou ainda que é preciso maximizar o recurso a iniciativas e ferramentas como o Índice Multidimensional de Vulnerabilidade, a Iniciativa Bridgetown, o Serviço de Apoio à Sustentabilidade da Dívida e o Processo para além do Produto Interno Bruto (PIB).

“A recém adotada Agenda de Antígua e Barbuda para os SIDS (ABAS), constitui uma reafirmação da vontade da comunidade internacional em promover o desenvolvimento sustentável dos Pequenos Estados Insulares”, observou.

Para o Presidente da República, a operacionalização do Centro de Excelência e seu respectivo Banco de Dados, o financiamento, o reforço das capacidades, a transferência de tecnologias e a cooperação técnica, são imprescindíveis ao desenvolvimento resiliente e sustentável desses países.

Por isso, apontou que na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 2024), a acontecer em Novembro em Baku, no Azerbaijão, há que se assegurar compromissos mais sólidos e acionáveis em matéria de financiamento climático, bem como, decisões firmes sobre o Novo Objectivo Quantitativo Coletivo e a operacionalização do Fundo para Perdas e Danos.

A Semana com Inforpress