Os dados divulgados ao início da manhã de ontem, validados pelo conselho jurisdicional, confirmaram os dados preliminares conhecidos cerca das 04:00 locais (03:00 em Lisboa), com Ossufo Momade a vencer a eleição com 382 votos, entre nove candidatos.
Estavam inscritos para votar no sétimo congresso, que decorreu desde quarta-feira em Alto Molócue, província da Zambézia, 710 inscritos e registaram-se 674 votos expressos em urna, incluindo 26 abstenções, quatro nulos e seis em branco.
A Renamo é liderada desde 17 de janeiro de 2019 por Ossufo Momade, 63 anos, eleito após a morte do líder histórico do partido, Afonso Dhlakama (1953-2018).
Neste congresso foram aceites nove candidaturas a presidente do partido, para o novo mandato de cinco anos.
Elias Dhlakama, irmão do líder histórico do partido (Afonso Dhlakama), recolheu 147 votos e Ivone Soares, deputada e antiga chefe de bancada parlamentar, 78 votos, segundo os dados do conselho jurisdicional da Renamo.
Na quinta-feira à noite, três dos candidatos, Hermínio Morais, membro da comissão política, Juliano Picardo, presidente do conselho provincial de Tete, e Anselmo Vitor, chefe do departamento de formação, acabaram por desistir da corrida, anunciando o apoio a Ossufo Momade.
O congresso ficou marcado pela exclusão da candidatura à liderança de Venâncio Mondlane, deputado e candidato do partido nas eleições autárquicas de outubro de 2023 ao município de Maputo, por não cumprir os requisitos do perfil definido pelos órgãos do partido.
Mondlane ainda recorreu aos tribunais para forçar a inclusão da sua candidatura, mas, apesar de uma providência cautelar que foi aceite pelo tribunal, o congresso não alterou a lista de candidatos submetidos à votação nem permitiu a sua entrada na reunião magna.
Moçambique realiza em 09 de outubro eleições gerais, que incluem, além de legislativas e provinciais, presidenciais, às quais já não pode concorrer o atual Presidente, Filipe Nyusi, por ter atingido o limite constitucional de dois mandatos.
Após a eleição do presidente, a Renamo terá de clarificar qual o candidato que vai apoiar ao cargo de Presidente da República nas eleições de outubro, que, por norma, é o líder do partido.
A Semana com Lusa
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