quinta-feira, 11 setembro 2025

Lura entre as oito cantoras lusófonas que apresentam canções na língua que as liga no CCB

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 

Ana Laíns está, aliás, na origem desta ideia, disse à Lusa a brasileira Fafá de Belém, outra das intérpretes.

“Isto começou quando a Ana [Laíns] me convidou para participar [em 2018] nas Festas do Mar e conheci-a, pessoalmente, e também a [guineense] Karyna Gomes, que me apareceu como se fosse uma entidade”, disse Fafá de Belém, referindo que a ideia começou logo a germinar.

“A ideia é cantar a voz da mulher na língua portuguesa”, declarou Fafá de Belém.

Além de Lura, Ana Laíns, Fafá de Belém e Karyna Gomes, o projeto conta com Anabela Aya (Angola), Anastácia Carvalho (São Tomé e Príncipe), Piki Pereira (Timor-Leste) e Selma Uamusse (Moçambique).

Cada uma das cantoras interpreta dois temas do seu repertório, e vão também “homenagear, de alguma forma, mulheres que foram muito importantes na expansão da língua portuguesa, como Amália Rodrigues e Cesária Évora".

Assim, "todas juntas, interpretamos dois temas, ‘Tanto Mar, de Chico Buarque e esse hino à mulher empoderada, que luta pela sua própria vida, ‘Maria, Maria’, de Milton Nascimento”, disse Ana Laíns que assume a curadoria e produção executiva do espetáculo, apoiado, entre outras entidades, pela Fundação Guimarães Rosa, do Brasil.

As cantoras serão acompanhadas por um ensemble composto por Paulo Loureiro (piano e orquestrações), Rolando Semedo (baixo), Carlos Lopes (acordeão), João Ferreira (percussão), Ana Filipa Serrão e José Pereira (violinos), Joana Cipriano (viola d’arco) e Catarina Gonçalves (violoncelo).

“A nossa meta é continuar, atravessar os mares”, disse Fafá de Belém que projeta que este seja “um espetáculo de carreira e seja apresentado noutros palcos portugueses, mas também africanos e brasileiros, onde as músicas africanas são pouco conhecidas”, disse a cantora brasileira, referindo o “factor pedagógico” deste concerto, em “esclarecer o povo brasileiro sobre a sua própria origem”.

Ana Laíns, por seu turno, adiantou à Lusa que “há conversações a decorrer com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para levar este conceito, este projeto, a todos os países da lusofonia”.

Laíns reconheceu que apresentar o espetáculo em Timor-Leste “é o maior desafio”.

Do projeto consta a timorense Piki Pereira, atualmente a residir no Reino Unido, e que não faz carreira profissional na música, mas o "espetáculo equitativo", é "uma possibilidade de mostrarmos os nossos projetos".

Nesta digressão há a vontade de uma maior aposta nos palcos do Brasil, país onde, embora presente, muito generalizada e assimilada, é “pouco conhecida, ainda, a influência das músicas africanas”, disse Fafá, que acrescentou: “Eu sou uma branca ninada por amas pretas, nós fomos embalados pelos negros vindos de África.”

“A primeira leva de escravos que chegou a Belém do Pará veio da Guiné-Bissau”, disse Fafá, referindo-se à sua terra natal.

O espetáculo, com entrada gratuita, surge no âmbito das comemorações do mês da Língua Portuguesa, o mês de maio, e é financiado pelo Fundo Especial da CPLP.

 

A Semana com Lusa

2500 Characters left


Colunistas

Opiniões e Feedback

Semedo
1 day 11 hours

O sindicato grevista é extremista e quer resolver os assuntos à " "pancada" .o outro Sindicato é mais sensato Que culpa ...

Tera
3 days 16 hours

Leberdade e dereito de expresso Haha Haja consencia tudo isso e para benefícios proprio, Como saude e comprar casas na USA ...

mano
3 days 21 hours

Na uxem a propriedade privada para colar cartazes e escrever nas paredes...na faxas ixo

Pub-reportagem

publireport

Rua Vila do Maio, Palmarejo Praia
Email: asemana.cv@gmail.com
asemanacv.comercial@gmail.com
Telefones: +238 3533944 / 9727634/ 993 28 23
Contacte - nos