O próximo passo é apresentar a demissão ao presidente Emmanuel Macron, o que deverá acontecer esta terça-feira, 9 de setembro, às 8h00 locais.
Segundo o Palácio do Eliseu, Macron "vai nomear um sucessor nos próximos dias", ignorando os apelos para que convoque eleições legislativas antecipadas.
Bayrou era primeiro-ministro há nove meses (Macron teve quatro no prazo de dois anos), devendo continuar no cargo até haver um sucessor
Grande parte da oposição quer também que Macron se demita, mas o presidente tem dito que vai cumprir o mandato até ao final.
No debate, Bayrou tinha defendido que a "esperança de vida" da França "está em risco" devido à "dívida excessiva".
Bayrou discursava na Assembleia Nacional no início do debate da moção de confiança que, salvo surpresas, deverá perder. O Governo cairá e caberá ao presidente francês, Emmanuel Macron, decidir nomear um novo primeiro-ministro ou convocar novas eleições.
"Eu queria este debate, e alguns de vós, a maioria, provavelmente os mais sensatos, acharam que era irracional, que era um risco demasiado grande. No entanto, penso exatamente o contrário. O maior risco era não correr o risco, deixar as coisas continuarem sem mudar nada", disse Bayrou.
Em relação ao endividamento, o primeiro-ministro fala numa "hemorragia insuportável". Alega que "50 mil milhões de euros são criados pelo trabalho" e "mais de 100 mil milhões são transferidos para os nossos credores".
"O nosso país trabalha, acredita que está a enriquecer e, a cada ano, está um pouco mais pobre. É uma hemorragia silenciosa, subterrânea, invisível e insuportável", declara.
Bayrou defendeu o seu "plano para avançar para a redução da dívida" e "para que a França possa escapar em poucos anos à inexorável maré de dívida que a submergirá em quatro anos".
O primeiro-ministro avisa os deputados que "têm o poder de derrubar o Governo", mas "não têm o poder de mudar a realidade".
A Semana com Diário de Notícias
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