“Estava deitada e senti um barulho. Pensei que fossem ladrões. Quando saí do quarto, vi que a água já tinha invadido a porta e arrebentado”, contou Fátima Sá, que reiterou que o instinto de proteger o filho foi imediato.

“Lembrei do meu filho e fui pegá-lo na cama. Coloquei-o em cima da grade para a água não o levar. Depois procurei a chave da porta, mas não consegui encontrar e tive que pedir socorro aos vizinhos”, relatou, mas, contou, apesar dos esforços, muitas perdas foram registadas.

“Na cozinha, só consegui salvar o frigorífico, o meu amplificador, o telemóvel e vários outros bens foram destruídos (…), peço que me ajudem, porque tive muitas perdas e minha saúde e vida ficaram em risco”, revelou.

A vizinha Conceição Cardoso, que ajudou no resgate, destacou a gravidade da situação.

“Ouvi um grito e percebi que era minha vizinha. Consegui ajudá-la a sair com o filho (…), felizmente, ela não tinha a luz ligada, porque poderia ter sido ainda mais grave”, disse.

Ela lamentou os danos e reforçou a solidariedade dos moradores, apelando para que todos sejam mais próximos uns dos outros nessas situações, “porque somente a vítima não vai conseguir”.

O comandante da Protecção Civil, Carlos Teixeira, em entrevista à Inforpress, informou que as autoridades actuaram prontamente.

“A Protecção Civil esteve no local. Já vimos a situação e a equipa da câmara municipal [da Praia], que faz parte da acção social, está presente. Estão a dar assistência, a situação já está sob controle”, garantiu.

A Semana com Inforpress