O Instituto do Património Cultural (IPC) está a trabalhar para reforçar o quadro museológico nacional com a implementação de novos programas museológicos, a criação de novos museus e a modernização dos espaços existentes, anunciou a presidente da instituição.

Ana Samira Baessa falava à Inforpress, no âmbito da apresentação do plano de actividades para 2025, tendo frisado que a iniciativa visa não apenas preservar o património cultural, mas também integrá-lo no contexto do desenvolvimento turístico do país.

“Em relação aos projectos de continuidade, temos projectos a nível do reforço do quadro museológico nacional, com a implementação de novos programas museológicos, a criação de novos museus, mas também a reorganização dos museus existentes, na perspectiva da sua modernização, e a sua melhor integração (…)”, informou.

Entre os destaques, apontou a presidente, está o Museu Norberto Tavares, cujas obras encontram-se em fase avançada e a inauguração está prevista para o primeiro semestre deste ano.

A presidente do IPC também destacou o projecto do Museu de São Filipe, em parceria com a câmara municipal, cujas obras deverão iniciar-se ainda neste semestre.

Segundo a responsável, os investimentos contam com o apoio do Banco Mundial, indicando o Centro Interpretativo de Pedra de Lume, com o financiamento em cerca de 200 mil dólares (cerca de 20 mil contos).

Este será implementado na localidade de Cafarú, promovendo a interpretação do património cultural e a criação de espaços para manifestações culturais da comunidade.

Outro projecto relevante, segundo Ana Samira Baessa, é o Centro Interpretativo das Revoltas, na Casa do Morgado, nos Engenhos, financiado pelo Fundo do Turismo em parceria com a Câmara Municipal de Santa Catarina. As obras estão em fase avançada, e o IPC entrará na segunda fase para conformação do projecto museográfico.

“O Museu das Romarias também está nos planos, tendo sido discutido com a anterior administração da Câmara Municipal do Porto Novo”, assinalou a presidente, sublinhando que o projecto já tem orçamento definido, com previsão de implementação entre 2025 e 2026.

Paralelamente, avançam os planos para modernizar museus já existentes. O Museu de Arqueologia da Praia, revelou Ana Samira Baessa, será transferido para um novo edifício no Centro Histórico da cidade, numa parceria com a Caixa Económica de Cabo Verde.

O concurso para reabilitação do edifício já está em curso, e a transferência deverá ser concretizada antes do final de 2025.

O Museu do Mar, em São Vicente, também passará por uma reabilitação profunda, com financiamento de 200 mil dólares do Banco Mundial.

Além da ampliação dos serviços e da criação de novas atrações, está prevista a instalação de um aquário e de um restaurante temático.

A Semana com Inforpress