sábado, 21 junho 2025

Manifestantes a favor e contra a Presidência da Guiné-Bissau confrontam-se em Lisboa

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Dois grupos que se manifestavam  este sábado em Lisboa entraram em confrontos físicos na Praça D. Pedro V (Rossio) por desentendimentos relativamente à atual presidência da Guiné-Bissau

 

A oposição da Guiné-Bissau tem pedido eleições antes de 27 de fevereiro, dia em que se completam cinco anos da tomada de posse de Sissoco Embaló, e repetido que a partir desse dia há uma vacatura na Presidência da República.

 

 

A Lusa constatou no local que foram arremessadas pedras e garrafas, para além de os manifestantes terem trocado socos e pontapés, confrontos que a Polícia de Segurança Pública (PSP) conseguiu cessar.

Um dos grupos, com cerca de 50 apoiantes do segundo mandato do Presidente Umaro Sissoco Embaló, manifestou-se ao início da tarde no Rossio, com tambores e lenços vermelhos, a favor do atual chefe de Estado.

O segundo grupo, com perto de 200 pessoas, concentrou-se também na praça numa contramanifestação e iniciativa de homenagem ao falecido músico guineense Américo Gomes. Os participantes são contra o atual regime da Guiné-Bissau.

Os confrontos tiveram início por volta das 15:00 e, de acordo com a PSP, não há registo de feridos ou detidos.

O porta-voz do movimento de apoio a Umaro Sissoco Embaló, Amadu Djau, disse, em declarações à Lusa, que “os traficantes […] estão a lutar cada dia para derrubar o Presidente eleito legitimamente pelo povo da Guiné-Bissau” e acrescentou ser necessário “estar ao lado do Presidente da República, pelo trabalho brilhante que ele está a fazer para o país”.

Amadu Djau referiu que os principais problemas da Guiné-Bissau são “a corrupção e o tráfico de drogas”, para além dos “recorrentes golpes de Estado”.

O porta-voz disse também que “as estradas agora estão sendo alcatroadas em todo o país” e que a capital está a ser “urbanizada de uma maneira bonita”.

Os apoiantes de Sissoco Embaló demonstraram preocupações com um possível golpe de Estado no próximo dia 27, mas Amadu Djau afirmou que o Presidente irá manter o poder e que só o povo guineense pode “decidir […] sancioná-lo na urna”.

Do lado da contramanifestação, o porta-voz do Movimento Manta Sagrada (MMS), Marius Biague, referiu que “a Guiné-Bissau não está bem” e acrescentou que o país “não tem escola, o hospital não funciona, não há emprego e a criminalidade aumenta”.

Segundo o representante, “todos os santos dias na Guiné-Bissau as mulheres morrem nas mãos dos ditos médicos num hospital sem condições” e “as crianças não estão a nascer” - as que nascem “são levadas para o Senegal […] para trabalhar”.

O porta-voz afirmou também que no dia 27 de fevereiro, caso o Governo guineense não mude, o movimento irá estar na Assembleia da República “para pedir para não reconhecer” o executivo.

A contramanifestação contou com um minuto de silêncio, com os participantes de joelhos.

A oposição da Guiné-Bissau tem pedido eleições antes de 27 de fevereiro, dia em que se completam cinco anos da tomada de posse de Sissoco Embaló, e repetido que a partir desse dia há uma vacatura na Presidência da República.

Este mês, o Supremo Tribunal de Justiça do país decretou que o mandato do Presidente da República termina em 04 de setembro de 2025 e que só cessa funções com a posse do novo Presidente eleito.

Segundo o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, o jurista Bubacar Turé, a organização apresentou uma “denúncia formal” contra o presidente do Supremo, Lima André, por este se ter "autoproclamado presidente" daquela instância e ter assinado sozinho, no passado dia 06, o despacho de aclaração no qual afirma que o mandato do atual Presidente só terminará em setembro.

Uma delegação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) chega  este domingo ao país para mediar a crise política centrada nas eleições presidenciais, que vão ocorrer para lá do fim do mandato pela segunda vez consecutiva.

A Semana com Lusa

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