O Projecto da Reserva da Biosfera da ilha do Fogo, executado pela Associação Projecto Vitó, encontra-se na recta final e será encerrado com a inauguração, em Dezembro, do Centro de Interpretação de Chã das Caldeiras.

O centro, que é a última “grande actividade” do projecto, contou com uma “forte parceria” da câmara de Santa Catarina, que disponibilizou, em conjunto com Associação de Guias Turísticos de Chã das Caldeiras, o espaço na sede da associação para instalação do centro de interpretação nos próximos cinco anos, disse o director-executivo do Projecto Vitó, Herculano Dinis. 

O centro de interpretação é um espaço dedicado à educação e à preservação ambiental para proporcionar e disponibilizar informações e experiência aos visitantes.

Encontre-se na fase final de equipamento e só não é inaugurado agora por coincidir com o período eleitoral, pelo que foi programado para Dezembro e fechar o projecto.

“O centro estará muito bem equipado com painéis interpretativos no exterior e no interior e contará com recursos audiovisuais como televisores e óculos de realidade virtual. Esses dispositivos permitirão aos visitantes “subir” ao vulcão sem precisar escalar fisicamente, oferecendo uma experiência única”, disse Herculano Dinis.

Além disso, a infra-estrutura terá parte de geologia com representação da maquete da ilha, do Parque Natural do Fogo e de toda a parte geológica da ilha, a exploração da parte sociocultural, para reforçar a importância da Ilha do Fogo como Reserva Mundial da Biosfera e incentivando sua preservação.

“Será um dos centros mais bem equipados de Cabo Verde apesar do tamanho. Foi um excelente investimento do Projecto Vitó com o financiamento e todas as parcerias superaram o valor de 50.000 euros investidos somente no centro de interpretação. É um financiamento que valerá a pena e contribuirá muito para entender o que é a ilha do Fogo como Reserva Mundial da Biosfera”, indicou Herculano Dinis.

Além do centro de interpretação, e no quadro do Projecto da Reserva da Biosfera, várias outras acções foram realizadas como a construção do monumento na rotunda de Xaguate, que homenageia a representação da Reserva da Biosfera, a colocação do letreiro nas proximidades do aeródromo de São Filipe, ambos constam do roteiro turístico da cidade.

O projecto também trouxe para a ilha a segunda reunião da Reserva Mundial da Biosfera, em parceria com a câmara de São Filipe e a organização Actuar (Portugal), promoveu actividades de sensibilização em todas as escolas da ilha e intercâmbio com a ilha de El Hierro (Ilhas Canárias), entre outras.

Apesar das actividades implementadas, ainda há desafios a serem realizados, segundo a mesma fonte, como a edificação de mais dois ou três centros de interpretação específicos, a definição do órgão de gestão e uma estratégia de governança para a Reserva da Biosfera.

O Governo está a desenvolver novas ferramentas, como o plano de acção e o plano de comunicação, que “serão fundamentais” para a continuidade da implementação da Reserva da Biosfera da ilha do Fogo.

A conclusão dessas etapas “será essencial” para garantir que a ilha continue sendo um exemplo de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável no futuro, finalizou o director-executivo do Projecto Vitó.

A Semana com Inforpress