quarta-feira, 25 junho 2025

A ATUALIDADE

Guerra Irão/Israel: "Foi lançada uma carga completa de BOMBAS". Ataques a instalações nucleares iranianas colocam os EUA num conflito crescente no Médio Oriente

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 Os Estados Unidos envolveram-se decisivamente num confronto com o Irão este fim de semana(21/06), depois de o presidente Donald Trump ter ordenado que aviões de guerra norte-americanos lançassem bombas maciças sobre três instalações nucleares dentro do país, mergulhando diretamente num conflito crescente no Médio Oriente - apesar de ainda acalentar esperanças de uma resolução diplomática.

Em publicações feitas nas redes sociais e durante um discurso noturno na Casa Branca, Trump descreveu os bombardeamentos como totalmente bem-sucedidos e advertiu o Irão contra qualquer retaliação.

"O nosso objetivo era destruir a capacidade de enriquecimento nuclear do Irão e pôr fim à ameaça nuclear representada pelo maior patrocinador do terrorismo no mundo", afirmou Trump no seu discurso de quatro minutos no Cross Hall da Casa Branca.

O presidente dos Estados Unidos descreveu a missão como um "sucesso militar espetacular" e apelou ao Irão para retomar imediatamente os esforços diplomáticos no sentido de terminar o conflito. Afirmou que os locais visados foram "completamente destruídos". "O Irão, o tirano do Médio Oriente, tem agora de fazer a paz", disse Trump, ladeado pelo seu vice-presidente, pelo secretário de Estado e pelo secretário da Defesa. "Se não o fizerem, os próximos ataques serão muito maiores e muito mais fáceis".

Os ataques norte-americanos às instalações nucleares iranianas - identificadas por Trump como Fordow, Natanz e Isfahan - intensificam significativamente as tensões na região e representam uma das decisões mais marcantes do início do segundo mandato presidencial de Trump. A questão sobre atacar diretamente o Irão dividiu a coligação política do presidente norte-americano, gerando preocupações entre alguns republicanos de que uma intervenção pudesse arrastar os EUA para um novo e prolongado conflito.

Os EUA utilizaram seis bombardeiros B-2 para lançar uma dúzia de bombas "perfuradoras de bunkers" sobre a instalação nuclear de Fordow, disse uma fonte oficial norte-americana à CNN. Trump afirmou numa publicação nas redes sociais que “foi lançada uma carga completa de BOMBAS sobre a instalação principal, Fordow”.

"Nenhum outro exército no mundo conseguiria fazer isto", escreveu Trump. "AGORA É TEMPO DE PAZ!"

As bombas utilizadas foram do tipo GBU-57A/B — bombas de penetração maciça, conhecidas como "destruidoras de bunkers" — segundo duas fontes familiarizadas com a operação. Especialistas referem que são o único tipo de armamento possivelmente capaz de destruir a instalação subterrânea de Fordow.

A MOP (Massive Ordnance Penetrator) - uma bomba de 13.600 quilos com 2.700 quilos de explosivos — foi concebida para “atingir e destruir armas de destruição maciça dos nossos adversários localizadas em instalações fortemente protegidas”, de acordo com uma ficha técnica da Força Aérea dos EUA. Este foi o primeiro uso operacional conhecido da bomba.

A decisão de atingir especificamente Fordow - algo que presidentes norte-americanos anteriores consideraram, mas sempre evitaram - coloca agora Trump no centro de uma crise crescente que ele esperava resolver diplomaticamente.

A decisão de atacar diretamente o Irão surgiu poucos dias após a Casa Branca ter anunciado que Trump daria duas semanas para avaliar se a via diplomática ainda seria possível.

É a primeira vez em várias décadas - desde a revolução iraniana em 1979 - que um presidente norte-americano ordena o uso da Força Aérea para atacar grandes instalações no Irão.

No seu discurso desta noite, Trump reiterou a sua oposição de longa data à possibilidade de o Irão obter uma arma nuclear. “Decidi há muito tempo que não permitiria que isso acontecesse”, afirmou.

Os EUA alertaram Israel sobre os ataques antes de os realizarem, disseram duas fontes à CNN. Trump e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, falaram na noite de sábado após os bombardeamentos, segundo outras duas fontes da Casa Branca.

Trump afirmou, no seu discurso, que ele e Netanyahu trabalharam em estreita colaboração na coordenação dos ataques ao Irão. O líder israelita saudou a decisão de Trump, dizendo que ela “mudará a história”.

“Presidente Trump, agradeço-lhe. O povo de Israel agradece-lhe”, declarou Netanyahu num comunicado.

Enquanto Trump ponderava a sua decisão, o Irão tinha já prometido retaliar qualquer agressão americana, e as forças militares norte-americanas começaram a concentrar-se na região em preparação para uma eventual resposta de Teerão. Após o seu discurso à nação, Trump lançou um aviso severo ao Irão: qualquer retaliação será respondida com uma força “muito maior” do que a usada nos ataques de sábado.

Trump parece esperançoso de que os ataques levem Teerão de volta à mesa das negociações, e segundo fontes próximas do processo, na noite de sábado não havia planos para mais ações dos EUA dentro do Irão, enquanto Trump pressionava os líderes iranianos a “aceitarem acabar com esta guerra”.

Nos últimos dias, Trump passou a acreditar que seria necessário destruir as instalações nucleares fortemente fortificadas do Irão e tomou a decisão quando ficou claro que a diplomacia estava num impasse.

Fontes americanas disseram à CNN que os EUA deixaram de acreditar que o Irão estaria disposto a assinar um novo acordo nuclear, depois de líderes europeus se terem reunido com representantes iranianos em Genebra na sexta-feira.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano afirmou, após a reunião, que o Irão não se sentaria à mesa com os EUA a menos que Trump pedisse a Netanyahu que parasse com os ataques israelitas - algo que o presidente norte-americano não estava disposto a fazer, segundo as mesmas fontes.

Alayna Treene e Kristen Holmes (CNN) contribuíram para esta reportagem.

A Semana com CNN Portugal/Fotos: Bomba utlizada pelos Eua no ataque

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jmn
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É exactamente nisto que dá meter um idiota na Casa Branca. Um narcisista com delírios messiânicos decide, sozinho, bomba ...

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