O Boavista da Praia garantiu este sábado a presença na final do campeonato nacional de futebol, ao derrotar o Paulense por 2-1, em partida da segunda-mão das meias-finais, realizada no Estádio da Várzea. 

Depois do empate a duas bolas no jogo da primeira-mão, que aconteceu na cidade da Ponta do Sol, em Santo Antão, a eliminatória chegou à capital totalmente em aberto.

Cabia às duas formações resolver no relvado da Várzea quem seguiria para a final da maior competição nacional de clubes.

Num jogo muito disputado e com grande presença de público, foi o avançado Djon quem desequilibrou a balança a favor dos campeões nacionais em título.

Na segunda parte, o atacante axadrezado apareceu no momento certo para bisar e conduzir a sua equipa para a final, na qual irá tentar a revalidação do título.

O Paulense ainda reduziu o marcador nos descontos (90+2), através de uma grande penalidade convertida pelo avançado João di Bibi. 

No final da partida, em declarações à imprensa, o treinador do Boavista da Praia, Edvaldo Cardoso, afirmou que o objectivo de chegar à final foi alcançado e garantiu que a equipa vai “dar tudo” para revalidar o título nacional.

“Agora vamos dar tudo para vencer a final”, disse o técnico axadrezado, satisfeito com o desempenho da equipa, que começou a prova com uma derrota.

Edvaldo Cardoso aproveitou ainda para enaltecer a qualidade do Paulense, sublinhando que “se mantiver a mesma linha de trabalho” poderá alcançar patamares mais elevados nas próximas edições da prova. 

Relativamente à final frente à Palmeira, lembrou que será o quarto confronto entre as duas equipas  e manifestou confiança num desfecho favorável.

“Desta vez não haverá empate e espero que seja o Boavista da Praia o vencedor”, reforçou.

Do lado do Paulense, o treinador Vando Irineu elogiou a postura da sua equipa, afirmando que “nunca foi inferior ao Boavista” e lamentou a eliminação, que, no seu entender, servirá como experiência de crescimento.

“Estamos chateados porque demonstramos que temos capacidade para fazer mais”, afirmou o técnico santantonense.

Vando Irineu aproveitou ainda para criticar o que considerou ser um tratamento inadequado à chegada da sua equipa à Cidade da Praia.

“Desta vez ninguém nos foi receber no aeroporto e fomos colocados no Estádio Nacional, quando estávamos à espera de ficar instalados no Centro de Estágio, ao lado do Estádio da Várzea”, denunciou.

Na final, o Boavista da Praia vai defrontar a Palmeira, da ilha do Sal, que venceu hoje Os Sanjoanenses por 1-0, após um nulo no jogo da primeira-mão. 

O campeonato nacional de futebol contou com a participação de dez equipas, as oito campeãs regionais mais o Boavista da Praia (campeão em título) e a Académica da Praia, na qualidade de segundo classificado de Santiago Sul.

Esta presente temporada, 2024/2025, foi disputada num novo modelo, já que caiu a fase de grupos, para passar a ser discutida no novo formato da UEFA Champions League.

As regiões desportivas do Maio e da Brava não realizaram as provas oficiais, pelo que esta temporada não participaram no campeonato nacional.

Sendo assim, as campeãs regionais mais o Boavista da Praia (campeã em título) ficaram num só grupo e cada equipa disputou seis jogos, com seis adversários (três em casa e três fora).

A Semana com Lusa