O ministro da Cultura e Indústrias Criativas, Augusto Veiga, garantiu esta quinta-feira à imprensa que até Setembro de 2026 será entregue à Unesco o processo completo da candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal a Património Mundial.
“A candidatura terá de ser apresentada até Setembro de 2026 e contamos ter resposta até Setembro de 2027”, indicou o governante.
Augusto Veiga fez esta revelação, à margem do encontro que teve com o Presidente da República, José Maria Neves, a quem pediu para ser embaixador da candidatura a nível internacional, tendo recebido uma resposta “positiva” do mais alto magistrado da nação.
Na ocasião, segundo o governante, apresentou oficialmente ao chefe de Estado a documentação da candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal a Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O Presidente, acrescentou Augusto Veiga, manifestou o seu engajamento “para trabalhar em conjunto connosco” porque, salientou, “é uma candidatura que é de todo o país”, é liderada por Cabo Verde, mas também engloba a Guiné-Bissau, Portugal, Angola e Guiné-Bissau.
Segundo o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, uma pré-candidatura do Campo de Concentração de Tarrafal de Santiago a Património da Unesco já havia sido entregue em Outubro de 2024 àquela agência especializada das Nações Unidas, e foi aceite.
Situado na localidade de Chão Bom, na ilha de Santiago, o Campo de Concentração do Tarrafal foi construído no ano de 1936. Recebeu os seus primeiros presos a 29 de Outubro do mesmo ano, tendo funcionado até 1956.
Em 1962 foi reaberto com o nome de “Campo de Trabalho de Chão Bom”, destinado a encarcerar os anticolonialistas de Angola, Guiné Bissau e Cabo Verde. No total foram presas mais de 500 pessoas, sendo 340 antifascistas e 230 anticolonialistas.
A Semana com Inforpress
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