O ministro do Mar, Jorge Santos, referindo-se ao acordo de pesca com a União Europeia, reiterou esta quarta-feira que, em contrapartida, a UE disponibiliza 3,9 milhões de euros.
“Hoje, já conseguimos fibrar mais de 80 por cento dos botes de boca aberta, financiados integralmente no quadro da contrapartida do acordo de pesca entre a União Europeia e Cabo verde”, indicou o governante.
O programa de motorização dos botes, prosseguiu o ministro, está a ser praticamente financiado no quadro desta mesma parceria, “em que os motores são financiados 50% a fundo perdido e os restantes 50% amortizados pelo sistema do micro crédito”.
Jorge Santos avançou ainda que hoje, por causa do referido acordo, “todos os pescadores podem ter a sua cédula marítima através de uma formação gratuita”.
Quanto à fiscalização por parte de Cabo Verde dos navios que pescam nas águas do arquipélago, Santos afirmou que actualmente já foram formados 17 observadores de bordo científicos, quando, no passado, disse, eram pescadores que faziam este trabalho.
“Hoje, são biólogos que andam a bordo, ou seja, alguém que entende se se está a pescar, prejudicando o ambiente marinho”, indicou o ministro do Mar.
Entretanto, João Santos Luís, deputado da UCID continua a insistir que o acordo de pesca com a União Europeia “não é bom para Cabo Verde”.
“Nas negociações, não se acautelou maiores benefícios para o país, nomeadamente a introdução de marinheiros nacionais a bordo”, exemplificou o parlamentar.
Para o maior partido da oposição (PAICV), em matéria de pesca, “Cabo Verde parou em algum lugar”, o que, segundo Rui Semedo, significa que o País vem regredindo nesta matéria.
No concernente ao acordo com a União Europeia no domínio da Pesca, o líder do PAICV disse que não se pode ignorar “vozes descontentes” em Cabo Verde sobre esta parceria.
A Semana com Inforpress
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