sábado, 21 junho 2025

A ATUALIDADE

Membro da ACD acusa presidente de centralização do poder e desrespeito aos funcionários, Bernaldino contesta e garante credibilidade

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O presidente da mesa da Assembleia-Geral da Associação Cabo-verdiana das Pessoas com Deficiência (ACD), Diamantino Moreno, criticou hoje a liderança do presidente Bernardino Gonçalves, mas este assegura que ACD goza de alta credibilidade. 

Em entrevista à Inforpress, Diamantino Moreno iniciou a conversa referindo que Bernardino Gonçalves não tem cumprido com o estatuto e que apenas obedece às regras quando é do "interesse pessoal" e não da organização que gere de forma "autoritária e desrespeitosa".

O presidente da mesa da Assembleia-Geral denunciou alegadas situações de ilegalidades e práticas arbitrárias do presidente, destacando que tem interferido nas funções e actividades da mesa da Assembleia-Geral e nomeando novos membros sem aprovação da direcção.

Segundo a mesma fonte, após a demissão da vice-presidente da Assembleia-Geral, Paula Veiga, o presidente da ACD autorizou a entrada de Hélder Augusto Santos Pio, que vive em São Vicente e que antes ocupava a posição de suplente, “tudo às pressas para realizar a assembleia”. 

O empossado, sublinhou, tem assinado as convocatórias “desvalorizando” a mesa de Assembleia-Geral e as funções do seu presidente.

Num email enviado em Janeiro, disse que Bernardino Gonçalves propôs a data da realização da assembleia para o dia 21 de Fevereiro, uma sexta-feira, e que devido a ausência de sócios e indisponibilidade da mesa, os membros decidiram não aceitar.

Diamantino Moreno referiu que a convocação da data não respeitou o estatuto que estipula que quem convoca e dirige o trabalho da assembleia é a mesa, e que deve ser feita 15 dias antes com a apresentação do plano de actividade, orçamento e os demais tramites para serem anexados e, posteriormente, analisados pelos sócios.

Ainda no rol das ilegalidades apresentadas pelo acusador, indicou que foi feita uma transferência no montante de 2.500 contos para o exterior, acrescentando que o tesoureiro teria recebido “ordens” para assinar cheques, sem justificativas.

“Aproveitou das fragilidades dos colaboradores que estavam a sofrer com a anterior gestão, acreditamos que Bernardino iria trazer uma mais valia à associação, mas apenas tem demonstrado ser um autoritário”, sublinhou, referindo que o acusado lhe tem vindo a acusar de “ignorante e falta de faculdades mentais”.

Asseverou ainda que Bernardino Gonçalves tem ocupado a função de presidente da ACD, Presidente do Conselho de Administração do Centro Nacional Ortopédico e de Reabilitação Funcional (Cenorf) e director do Cenorf configurando centralização de todos os órgãos máximos da associação e do centro.

Nesta senda, realçou que Bernardino designou a própria sobrinha para ocupar o cargo na administração das finanças do Cenorf, mais uma vez, sem aprovação da direcção.

Instado a comentar sobre as várias acusações que pairam sobre sua pessoa, Bernardino Gonçalves explicou que a associação conheceu períodos conturbados que culminaram nas eleições realizadas em Abril de 2024 com a nomeação da nova equipa e que neste momento encontra-se numa "fase de transição".

Conforme avançou, a ACD adoptou como prioridade a assistência e serviço psicológico para os sócios, colaboradores e familiares, sugerindo também a contratação de uma assistência jurídica para garantir a integração de acordo com a legislação actual das instituições.

“Nós estamos num Estado de direito democrático, Estado de ordem democrática. Às vezes as pessoas confundem a democracia com desordem, não, a democracia é a ordem”, pontuou, ressaltando que a associação já tem um plano de capacitação dos membros a fim de entenderem melhor o funcionamento do associativismo e elevar a cultura democrática.

Sobre a assunção de atitudes ilegais, Bernaldino respondeu que a imprensa “não é lugar” de expor a situação “familiar” da associação e que os estatutos e as questões têm locais adequados para serem discutidos.

“O que nós podemos dizer é que a associação tem os seus órgãos, conselho de administração, uma direcção em transição e nós temos fortes compromissos com o Estado de Cabo Verde que coloca recursos e nós prestamos contas para o Ministério da Família”, reiterou.

 

A Semana com Inforpress

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